Vamos hoje falar do calor porque de corrupção já tem muita gente falando.
Nunca gostei do verão. E não é fácil dizer isso sendo brasileira. Antes eu segurava as pontas porque sabia que o inverno chegaria em poucos meses. Hoje já não sabemos mais. O endless summer, verão sem fim, se instalou por aqui e segundo as previsões do aquecimento global, não deve ir embora.
O calor faz você suar, reclamar e querer viver trancado no ar condicionado. É triste e anti-ecológico, mas não há condições de ir até a esquina sem pegar uma insolação. Haja protetor solar, óculos e chapéu - é como sair de casa disfarçada.
Aliás, não sei ter elegância no verão. Fico péssima de shorts... Biquíni é o meu pesadelo. Eu gosto de usar bota, usar preto, dormir com edredom e poder me movimentar sem suar. Posso?
Não com esse clima.
Percebeu que no verão, quando você consegue se distrair com qualquer coisa, ainda existe algo ali, incomodando, irritando, desconfortável? Para pra pensar e é ele - o calor.
Mas nada é pior no verão do que a obrigação de ser feliz. De ter que sair de casa, ir à praia, ver o pôr do sol e resumir seu dia perfeito numa foto do instagram. Desculpa Brasil, país do verão, mas não consigo ser feliz assim o tempo todo. Não sou #blessed, grata, a praia não é #myplace. Eu estou morrendo com esse calor. Tem dia que eu só quero ficar quieta em casa, vendo um filminho e vestindo uma calça velha de moletom. Tem dia que eu só quero ficar de meia, vendo aquela neblina logo cedo, grudada no meu namorado e ligando a lareira (se eu tivesse uma).
Se o verão é a estação da felicidade, acho que tem dia que eu prefiro ser infeliz - mas conseguindo tomar uma taça de vinho tinto sem suar.
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