Há 224 anos, Joaquim José da Silva Xavier foi enforcado no Rio de Janeiro e sua cabeça foi levada para a Praça Tiradentes, nome pelo qual era conhecido, na cidade de Vila Rica, hoje chamada Ouro Preto. Até hoje comemora-se o dia de Tiradentes por ter sido um mártir da luta pela independência do Brasil de Portugal. De lá para cá a cidade mudou, mas não muito.
Ouro Preto é conhecida por seu patrimônio histórico preservado conviver harmoniosamente com as festas muito loucas das cerca de 100 repúblicas universitárias da cidade. O que eu mais gosto na cidade é que ele fica em uma região montanhosa e tem diversos mirantes. A não ser que você sobrevoe a cidade, nunca conseguirá vê-la por completo.
A chegada à cidade é pela Praça Tiradentes que atualmente conta com um monumento ao herói inconfidente em frente ao palácio do governador, que agora é o Museu da Inconfidência - uma visita obrigatória. As ruas íngremes e de calçamento de pedras são um desafio aos menos preparados fisicamente.
Dos meus lugares prediletos, o Café Cultural Ouro Preto (R. Claudio Manoel, 15) é onde gosto de sentar, tomar uma cerveja e relaxar entre uma caminhada e outra. Casa de algumas das grandes obras de Aleijadinho. A Igreja de São Francisco é a minha preferida, a poucos metros da praça. Em frente ao templo fica a feira da pedra sabão com peças de diversos artistas locais que fazem desde grandes imagens até pequenos souvenires.
A cidade é uma das mais visitadas da Rota do Ouro, o antigo caminho colonial que levava o minério de Minas Gerais para os portos de Paraty e do Rio de Janeiro. A arquitetura é, sem dúvida, o principal atrativo da cidade.
A antiga Vila Rica guarda momentos comoventes para o visitante. No Museu da Inconfidência há uma sala chamada Panteão, com uma placa central que registra o nome de todos os envolvidos no movimento e 16 túmulos de pedra com os retos dos inconfidentes identificados. A sala fica sempre à meia luz, com uma bandeira do Estado de Minas Gerais e um som ambiente que contribui para uma atmosfera de profunda reflexão. Impossível sair de lá indiferente.
As minas de ouro desativas abertas à visitação são outro momento de reflexão. Uma verdadeira porrada histórica na cara percorrer os caminhos que os escravos trilhavam em busca de ouro. A Mina do Chico Rei e a Jeje Nagô transportam o turista para um momento triste e desconfortável da história quando os escravos viviam 30 anos em média devido às condições insalubres daquele trabalho.
Apesar disso, Ouro Preto é um resumo da história do Brasil onde tudo acaba em festa. As cachaças da região aquecem o corpo das noites frias e deixam o viajante pronto para a festa!
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