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Blog do Viagem & Aventura

Arizona: a perder de vista

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Por Fabio Vendrame
Atualização:
Chapel Holy of Cross: panorâmica à altura dos filmes de faroeste - Foto: Ricardo Chapola/Estadão

De cânions a monólitos, do deserto à neve, a natureza é atração insuperável no Arizona - Estado onde influências indígena e mexicana apimentam o cotidiano

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Nada cosmopolitas, cidadezinhas como Winslow evocam índios e 'cowboys'. E oferecem sua hospitalidade como ponto de partida para aventuras ao ar livre

Ricardo Chapola / WINSLOW

Difícil não lembrar de Arizona Nunca Mais, dos irmãos Coen, durante uma visita ao Estado americano que o título do longa de 1987 despreza. Antes de ir, cheguei mesmo a ter medo de encontrar por lá algum bom motivo pelo qual o filme teria sido batizado com tal nome. Mas o que vi foi exatamente o contrário: razões de sobra para voltar.

Para começo de conversa é preciso esclarecer que o Arizona é grande demais, o sexto maior Estado dos Estados Unidos com seus mais de 295 mil quilômetros quadrados. É espaço suficiente para abrigar uma diversidade natural e de paisagens que vai dos cânions aos picos cobertos de neve, dos desertos às cidades. De Phoenix, a capital, à pequenina Winslow, à singular Flagstaff e à elegante e cultuada Sedona.

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Ao longo dos 610 quilômetros percorridos em um furgão (para entrar no clima), a paisagem se mostrou mesmo coisa de cinema. Deserto, cactos, montanhas em um horizonte que, à medida em que é desbravado, revela um Arizona de cores vivas no vermelho dos cânions, no amarelo do capim à margem da estrada, no verde da vegetação. Viagem também de volta aos tempos do Velho Oeste, com construções de época e portas ao estilo dos saloons das películas de bangue-bangue.

Em meio a tal cenário, uma gororoba cultural com um tanto do estilo de vida cowboy, outro de costume indígena e umas pitadas de manias mexicanas. São comuns as lojas de armamentos, chapéus e esporas; uma infinidade de artesanatos produzidos pelos apaches; e os cafés que servem tudo com chilli. Tudo é tudo mesmo: se tiver restrições a sabores picantes, uma boa medida é sempre lembrar isso aos garçons.

Ardência. Talvez seja pela comida apimentada que se beba tanta água com gelo no Arizona. Enormes copos suados cheios de gelo até a boca são obrigatórios nas mesas dos restaurantes. Profetizavam almoços calorosos e jantares muy calientes.

Fora dos momentos de refeições também se deve carregar água durante todo o tempo. Não saia do hotel sem um cantil - afinal, durante boa parte do tempo, você estará no deserto.

Off road em jipe cor-de-rosa pelo Red Rock Park - Foto: Ricardo Chapola/Estadão

O casaco será outro companheiro fiel, graças à amplitude térmica, a diferença entre as temperaturas máxima e mínima em um mesmo dia típica dos climas áridos. Pode fazer bastante frio por lá.

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Assim equipado você estará pronto para descobrir as entranhas desérticas que andaram atraindo, entre muitos outros, a atenção de Gisele Bündchen. A supermodelo escolheu meditar por lá dias atrás, no fim de abril, o que fotos espalhadas em sites de celebridades confirmam. Concordo com a escolha. Nesta e nas próximas páginas, acompanhe o meu roteiro de uma semana pela região.

Arizona nunca mais? Eu não teria tanta certeza.

(VIAGEM A CONVITE DO ESCRITÓRIO DE TURISMO DO ARIZONA)

ONDE FICAMOS

Mistura de hotel dos anos 1920 e museu em Winslow - Foto: Divulgação

La Posada Localizado em Winslow, o La Posada é uma mistura de hotel dos anos de 1920 e museu - e não há limites definidos entre um e outro. O que significa que você pode dormir em um quarto que era aberto à visitação até pouco tempo atrás e usar cama, escrivaninha e penteadeira de época. Tudo com conforto e um glamour antigo que fica evidente desde a fachada. As recepcionistas vestidas a caráter atuam também como guias: é só pedir mais informações que elas acompanham o hóspede a um tour pelas dependências, com direito a histórias e memórias. Diárias custam entre US$ 129 e US$ 169 (R$ 287 a R$ 376).

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Junipine Resort Às margens do Oak Creek e junto à floresta, ao norte do centro, o Junipine Resort combina com o clima de Sedona: é chiquérrimo. Cada quarto é um chalé de dois andares com lareira, fogão, geladeira, aquecedor e Wi-Fi incluído (mas o celular não funciona). Ah, sim, e uma cabeça de alce na parede. Duas noites custam desde US$ 400 (R$ 890) em chalé de um quarto.

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