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Caribe: Sorrisos de Curaçau

Por Fabio Vendrame
Atualização:
Chegada a Curaçau - Fotos: Mônica Nobrega/Estadão  Foto: Estadão

Patrimônio da Unesco, a singular Willemstad guarda preservada e colorida arquitetura holandesa. Depois de visitar os bairros do centro, cair n'água na companhia dos golfinhos é só alegria

WILLEMSTAD

De repente, não era mais uma ponte, era uma balsa. E eu, que ia só atravessar a Ponte Queen Emma para passar de um lado a outro do centro histórico da capital de Curaçau, ganhei um passeio aquático surpresa.

Bem-vindo em papiamento  Foto: Estadão

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Aos fatos: a Queen Emma é uma ponte móvel, que se desloca sobre a superfície das águas e dá passagem às embarcações vindas do Mar do Caribe para entrar em Willemstad pelo canal que leva à Baía de Santa Ana. De tão distraída com os belos ângulos para fotografar, não notei que o operador da ponte mandava todo mundo se apressar e sair. E então, éramos apenas quatro pessoas naquele inesperado passeio vip, exclusivíssimo. E de graça. Um verdadeiro bon bini, boas-vindas à moda local.

Curaçau se mostrou o mais delicioso dos destinos do cruzeiro. Aportamos às 8 horas no melhor ponto da ilha, o centrinho de arquitetura alemã que faz de Willemstad um patrimônio da Unesco desde 1997. Até a excursão para ver golfinhos, às 11h30, sobrava tempo para descobrir a região.

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O quiosque de informações turísticas na saída da ponte fornece um mapa dos principais pontos de interesse. Ali no bairro de Punda, o próprio calçadão da orla, onde se enfileiram os prédios coloridos de desenho holandês que simbolizam a ilha a ponto de serem usados como decoração até das placas dos carros. Os Arcos do Waterfront, área de graciosos restaurantes em píeres. O Museu Marítimo (US$ 10). A sinagoga com chão de areia (US$ 10). O complexo de mercados que começa no Flutuante, com pescados vendidos nos próprios barcos e vegetais em barracas, seguido pelo Central, de souvenirs, e então pelo Velho Mercado, galpão que é um capítulo à parte.

Praia perto do Sea Aquarium, onde também se nada com golfinhos  Foto: Estadão

De um lado estão enfileirados estandes improvisados com madeira e cavaletes, nos quais se prepara apenas comida típica de Curaçau, aquela trazida à ilha com os africanos escravizados. Por volta das 10 horas, passar por lá significa ver as cozinheiras em plena atividade. A partir do meio-dia, em mesas comunais cobertas com toalhas de cantina, come-se cabrito cozido (kabritu stoba), buchada com vegetais (sopi mondongo) e sopa da cactos (kadushi), escolhidos em cardápios escritos à mão apenas em papiamento.

Olha quem vem para nadar. O programa de nado com golfinhos do Sea Aquarium (desde US$ 174), cerca de meia hora ao sul de Willemstad, tem uma particularidade que faz dele o mais gostoso do qual já participei: dura infinita meia hora, contra os 10 a 15 minutos habituais desse tipo de atividade.

É tempo para mil brincadeiras: e dá-lhe beijinho, dancinha, carona, palmas e rodopios dos graciosos animais. Dá até para colocar máscara e mergulhar com eles. Juro que o meu golfinho, na verdade Tela, uma "golfinha", sorriu para mim. Ainda deu tempo de pegar praia em Curaçau. Povoadas por hotéis e clubes de praia, Lions Beach e Mambo Beach estão logo ali ao lado do Sea Aquarium. / M.N.

O QUE MAIS?1. Princesinhas: Ao norte de Willemstad, a praia particular de Cas Abao (US$ 6 por carro), de areia clara, é uma das queridas de Curaçau. Ainda mais ao norte, a pequena e pedregosa Kenepa Grandi, pública, é tida como a mais bonita da ilha, pela cor do mar.

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2. Cavernas e licor: Também no norte, as Cavernas Hato proporcionam um passeio diferente: 5 mil metros quadrados com estalactites e piscinas naturais. E sabe o curaçau blue? A visita à fábrica do licor, perto do centro de Willemstad, é gratuita.

Sistema de eclusas do Canal do Panamá  Foto: Estadão

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As impressionantes eclusas, portais entre os oceanos

No meio do caminho tinha uma pedra. Um maciço vulcânico impediu que o Canal do Panamá fosse uma coisa só, ininterrupta, um rasgo contínuo de 80 quilômetros de extensão no trecho mais estreito das Américas, materialização do sonho de ligar os oceanos Atlântico e Pacífico.

É por isso que existem as eclusas, que operam como elevadores aquáticos para ajudar navios a vencerem os 26 metros de desnível entre os oceanos e Gatún, o maior lago artificial do mundo. Ver tal mecanismo em pleno funcionamento tem um encanto infantil. Canal do Panamá, afinal, é capítulo do ensino fundamental.

Nas Eclusas de Gatún, no lado do Atlântico, vi passar o cargueiro Ermione, de largura tão próxima aos 33 metros do canal que parecia que bateria nas laterais. Não bate: a operação é minuciosa. De camarote, turistas assistem à travessia, feita em três câmaras e com auxílio de locomotivas que lembram o yellow submarine dos Beatles. Custa US$ 5.

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