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Blog do Viagem & Aventura

comentários Arrivederci Italia

Prezado Mr. Miles, sou assinante de "O Estado de São Paulo" há muitos anos e assídua leitora das suas cronicas de viagem, das quais sempre gostei, especialmente quando ainda não tinha respostas para os leitores fazendo perguntas cretinas. Não sou o tipo de escrever a jornais, mesmo porque não sei me expressar muito bem na escrita, mas na sua última resposta me senti muito ofendida, pois não acho que por causa de um cretino, chamado Berlusconi, a Itália não mereça receber os turistas, tanto menos Veneza que sempre foi e sempre será maravilhosa!!!!!! Eu também, como italiana a mais de 50 anos morando no Brasil, não gosto do Sr. Berlusconi e nunca votaria nele, mas as Leis que ele e todos os seus ministros estão fazendo são contra os clandestinos, portanto Leis que em outros Países Europeus, inclusive a Inglaterra (já que o senhor se diz inglês), já fizeram obrigando a Itália a se adecuar, pois a Itália sempre foi a porta de entrada de boa gente e escória dos outros países e não há mais espaço para ninguém. O senhor sendo muito viajado como diz que é, deve saber que turista legal e clandestino são duas coisas bem diferentes, tenho muitos amigos que voltaram ou estão indo para a Itália e nenhum foi preso ou repatriado como já fizeram na Espanha, França e talvez Inglaterra, pois o iglês gosta muito de meter o bedelho na casa dos outros mas ele se acha perfeito, quando perfeito ninguém é. Outra imprecisão do senhor foi dizer que Mussolini foi enforcado na Piazza Loreto de Milão, mas ele, depois de baleado, foi pendurado na tal praça de cabeça para baixo, o que eu sempre achei um gesto bárbaro e indígno do meu povo, mas são coisas passadas e depois de 5 anos de uma guerra cruel e da qual a Inglaterra tem um pouquinho de culpa. Enfim dear Mr. Miles, espero não o ter ofendido, mas precisava desabafar a favor da Itália como País que merece ser visitado, agora quanto à política e governo é outra coisa, pois mazelas de governo existem no mundo inteiro...........Esperando que o senhor receba esse meu, envio minhas cordiais saudações e boas viagensDanila Gai

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Por Tania Valeria Gomes
Atualização:

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Mr Smiles, What a shame! Deixar de ir à Itália (14.7) e ficar quietinho sobre o que fazem em sua terra! Onde foi mesmo que o brasileiro Jean Charles de Menezes foi assassinado? Que o sr. diz sobre isto? E como ficam as viagens à Inglaterra? Espero que tenha o "fair play" de publicar e responder este e-mail. Boa sorte!Clécio R. Oliva

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Bom dia, Mr. Miles,

Achei bastante irônico o seu artigo hoje publicado no Estadão, defendendo idéias e princípios que não se perfilam muito com a orientação política deste matutino do qual sou leitor nos últimos setenta anos. Troppo.

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De qualquer forma, I'm a live e participante e atuante. By the way, o meu último livro "Cadeia de Causalidades" está no fim da edição. Ainda reservo-lhe um exemplar, se quiser recebê-lo.

A Itália está numa derrocada perpendicular. A esquerda é uma droga. Faltam-lhe lideres competentes e despidos dos ranços dos anos 60 e 70; enquanto a direita é um verdadeiro pasticcio do qual o Cavaliere aproveita, tira vantagem, dribla, ironiza, satiriza e, desculpe-me, picha sul fuoco, como diriam os napolitanos. Esse é o quadro atual da Itália.

A própria juventude é absenteista, para não dizer amorfa e invertebrada. Preocupo-me seriamente com a lavagem cerebral dos universitários italianos no ultimo decênio. Aliás, não diferem muito dos nossos que, quando entrevistados sobre os eventos da Terra Brasilis, respondem de uma forma monossilábica que dá puzza.

Minha família chegou na Itália, aos trancos e barrancos no inicio do século XIX vindo da Albânia e da Grécia. Não existia a guarda costeira atual. Só que escolheu mal: ficou no sul. E o sul sempre foi uma vergonha ambiental, mais ainda, agora, com a camorra imperando na distribuição e coleta em Napoli. Você sabe que o Cavaliere fez um acordo com eles e retiraram alguns detritos, só que embolsam o produto dos resíduos industrializados.

O seu titulo "Arrivederci, Itália" é triste, lamentável e pungente, sobretudo, pelo conteúdo que emboja suas idéias, mas prefiro-o a outro, assim escrito "Addio, Itália".

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Saudações ao estilo do querido e relembrado Major Thompson de tão carinhosa lembrança.

CONTiNUA APÓS PUBLICIDADE

Jayme Vita Roso

------------------------------------------------------------------------------------- Com o devido respeito gostaria de informar que Mr. Miles fez uma pequena confusão entre turistas e imigrantes ilegais. Qualquer país do mundo, nisso incluindo o Brasil, não quer imigrantes ilegais, não importa o que se diga por aí. Nós não queremos bolivianos, peruanos, paraguaios etc... que estejam na ilegalidade. Os Estados Unidos não querem ninguém ilegalmente e lógico que a União Européia também não. A Itália recebe os imigrantes legais muito bem só não querem receber milhares de pessoas que vão viver na ilegalidade. O Sr. pode ir tranquilamente passear e ficar hospedado na casa de amigos, se não tiver a intenção de passar para a ilegalidade. Admiro-me muito que uma pessoa viajada como o sr. não consiga distinguir uma coisa da outra. Ninguém quer ilegais no seu país mas turistas sim!

Deborah Marques Zoppi

--------------------------------------------------------------------------------- Will you ever be back home one day, Mr. Miles?

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Como um profundo admirador de sua coluna e de seus relatos de viagem, novamente dirijo-me a V.S. para um brief reminding sobre o que vem ocorrendo em V. pátria. As manifestações brutais de xenofobia ocorridas há pouco em vossas terras me faz temer por V. coming home, my dear fellow traveller mate...

O Reino Unido está todo ele em manifestação contra os trabalhadores estrangeiros. É grave, é assustador e não é apenas protecionismo: é a civilização na Idade Média. Todos os povos têm, afinal, um preço: o dos ingleses é este.

Nem quando Thatcher teve três milhões de desempregados, mais do que hoje, se chegou a este canibalismo de sobrevivência. É disso que se trata: expulsar o próximo para lhe ficar com o emprego. Ser estrangeiro não é uma ideologia profunda, é um critério à mão. E se o Governo inglês e a Rainha (se não for para isto, serve Majestade para quê?) não contrariarem este impulso de purga, podem guardar um capítulo na história do Século XXI para este reino pouco unido, que afinal também expulsa povos. Se Winston Churchill cá andasse...

Não se trata de lições de moral, mas de perceber o que está em causa. Depois de motins na França e na Grécia, chegamos ao hooliganismo inglês à porta das fábricas. É uma semente do mal, que pode gerar contra-reações em cadeia nos povos que querem expulsar. Nós, cidadãos do mundo, devemos temer. Nós, europeus, podemos tremer. Nós, que até temos na História a ignomínia moral (e o erro econômico!) de expulsar os judeus, fizemo-nos emigrantes e ainda o somos.

What else to say, my dear Miles? A xenofobia é um mal, e como tal deve ser erradicado. Não com a fuga, mas com a ação discreta e firme, como a dos bravos maquisards da Resistence Française. Consider for a moment, a situação da Áustria, um dos países mais xenófobos do mundo, mais próximo de V.Sa., a situação triste das famílias romenas em terras de H.M. Queen Elizabeth II...

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Pretending is not a wise way of fighting against injustice, mas a melhor maneira de combater um problema de dimensões titânicas como este é encarar os fatos e sistematizar a estratégia de combate ao mal que silenciosamente abre suas grandes e tenebrosas asas.

Won't you be back home one day, my dear mate?

Concordo em gênero, número e grau com V. considerações, mas a Italia não está sozinha at all, em sua caça às bruxas. Boa parte da Europa, inclusive -e somente a digitação do nome deste país makes me sick- a Espanha, estão reinventando os métodos de Torquemada. É preciso, isto sim, conscientizar a todos em todo o planeta, que o mundo não pode nem deve ter fronteiras políticas, ideológicas, sociais ou quaisquer que sejam, pois de outro modo, a dark shadow de um IV Reich sublevado pode estar se desenhando no horizonte, don't you agree? E se, para cada político daninho que surja no horizonte nós dermos perigosamente as costas, corremos o sério risco de ficarmos isolados em nosso campo de concentração privado- nossa própria incapacidade de ação e persuasão!

Best Regards

Rogério Schwartzkopf Lima, M.D.

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------------------------------------------------------------------------------ Sou brasileiro descendente de italianos, casado ha 32 anos, sendo minha mulher morena, oriunda da Bahia. Depois de anos projetando conhecer a terra do nono, la fomos nos, pela Alitalia Os problemas comecaram na ida, pois no aviao nao tivemos iluminacao nem tv para nos distrairmos. Para nos fornecer agua, que dificuldade, mas deixa pra la. Na Italia (Roma/Genova/Torino/Milano/Venezia etc) no deparamos com muita ma vontade e arrogancia, como o Sr. aponta no seu em seu artigo. Mas, o que mais nos estarreceu foi a discriminacao descarada com que nos deparamos. Eramos somente turistas, nao queriamos permanecer na Italia nem tampouco nenhum emprego de ninguem. Nos deparamos com pessoas gentis e corteses, mas, infelizmente tambem com pessoas arrogantes e racistas. Na volta, 5,30h de atraso no aeroporto de Roma, mais um retorno de S.Paulo para Brasilia, para depois retornar a S.Paulo. De 4 malas, conosco chegou somente 1. No dia seguinte apareceu mais 1 e no segundo dias mais 1. A quarta mala nao apareceu ate hoje. Por isso tambem podemos dizer: Arrivederci, Italia! Jurandir Biasoli

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