Placas em homenagem ao Divino Espírito Santo ficam espalhadas pela cidade. Fotos FELIPE MORTARA/AE
Felipe Mortara
Uma das maiores sortes que um viajante pode experimentar é chegar numa cidade durante sua festa religiosa ou típica mais famosa. E foi isso o que aconteceu comigo no último final de semana, quando cheguei em Paraty após descer a Serra da Bocaina de bicicleta (só que essa matéria você c onferirá em breve no Viagem). Mas também pode acontecer contigo, já que a Festa do Divino ocorre até o próximo dia 27 de maio, Domingo de Pentecostes.
A cidade toda enfeitada por bandeirinhas semelhantes às de São João, mas delicadamente recortadas em pano. Os postes do centro antigo todos ornados com placas e a pomba branca, que simboliza o Divino Espírito Santo, davam um tom atípico e indicavam a devoção.
Barracas de bebidas e doces ocupam a Praça da Matriz.
Restaurantes, bares e outros comércios param suas atividades para acompanhar as procissões diárias, em que fiéis carregam bandeiras vermelhas com uma pomba branca em madeira encravada no alto. Atrás deles, uma banda com percussão e metais dá o tom, intenso, mas nada triste das marchas, que diariamente (entre 18 e 27 de maio) percorrem diferentes trajetos pela charmosa e antiga cidade.
A Festa do Divino, uma das mais importantes da Igreja Católica e, da cidade de Paraty, celebra a descida do Espírito Santo sobre os discípulos de Jesus no dia de Pentecostes. No calendário litúrgico, o dia de Pentecostes vem 50 dias após a Páscoa.
Missa dentro da Igreja Matriz.
O espetáculo é ainda mais bonito se você acompanhar um trecho da missa na Igreja da Matriz, toda enfeitada. Não precisa ser católico para se encantar com a devoção com que é conduzida a festa. Festa que continua pela cidade, seja nas barracas de comida, nos shows noturnos e nas gincanas - essas impressionantemente cheias - que reúnem jovens da região em equipes que cumprem provas beneficentes pela região. Enfim, um grande e autêntico evento que vale muito a pena conferir de perto.