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Blog do Viagem & Aventura

Ilha doce no pedaço

Mal começou a atual temporada de cruzeiros na costa brasileira e a CVC já tratou de incrementar as promessas para o próximo verão. Em entrevista concedida a jornalistas dentro do navio Imperatriz, na semana passada, o presidente do Conselho de Administração, Guilherme Paulus, afirmou que está à procura de uma praia particular no sul do país, para montar uma estrutura exclusiva para os navios da operadora, como a que existe na Ilha de Jaguanum, em Mangaratiba, perto de Angra dos Reis. Ele também comentou os rumores de que a operadora de viagens, líder no mercado nacional, está à venda.

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Por Bianca Ribeiro
Atualização:

Paulus não confirmou o endereço da nova praia privativa, mas deu pista de que se trata da Ilha do Mel, no litoral do Paraná. "Tem uma ilha com nome sugestivo, bem doce", disse. Ele afirmou ainda que a empresa pretende aumentar para seis o número de navios da frota no próximo verão - promessa que havia sido feita para esta temporada, mas não se concretizou. A CVC tem, atualmente, quatro navios de cruzeiros no litoral brasileiro.

 Foto: Estadão

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A empresa aluga a Praia do Araçá, na Ilha de Jaguanum, durante a temporada, de novembro a março. Os passageiros são levados até lá em um barco conhecido como tender, com espaço para cem pessoas. A travessia dura menos de dez minutos.

A água é de uma tonalidade verde-clara de encher os olhos, que se confunde com a paisagem densa de mata atlântica. O melhor horário é o fim de tarde, quando a praia está mais vazia com o retorno de vários cruzeiristas ao navio. Uma banda toca pop-rock e MPB bem ao estilo praiano. A infraestrutura conta com espreguiçadeiras, lojinhas que vendem bolsas de palha e cangas, banheiros, meia dúzia de quiosques e garçons que vêm anotar os pedidos na areia (espetinho de camarão, R$ 6; porção de bolinho de bacalhau com 15 unidades, R$ 15; e água de coco, R$ 4). Se quiser mais agito, é possível escolher entre os passeios de caiaque (R$ 30, por meia hora), banana boat (R$ 30) e tirolesa (R$ 25).

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 Foto: Estadão

PARCERIA

Dada como praticamente certa, a venda da CVC também foi comentada pelo presidente, Guilherme Paulus. "Chega um momento em que, para uma empresa ir para frente, é preciso abrir capital, principalmente no turismo, que é um mercado fortíssimo", disse. "Fazer parceria é o caminho para crescer. Como eu posso brigar com a Royal Caribbean, a MSC ou a Carnival? Todo mundo está de olho no Brasil e fica difícil porque as grandes redes começam a dominar."

Ele não divulgou o nome da possível compradora, mas informou que há interesse por parte de grupos europeus e norte-americanos. A Carlyle, fundo de private equity voltado para grandes investidores, vem sondando a CVC nos últimos meses. Paulus afirma que só fechará o negócio com a condição de ser mantido na presidência pelos próximos cinco anos e de que não hajam demissões. A CVC emprega 1.050 pessoas de forma direta, e 3.500 indiretamente. O martelo será batido apenas no ano que vem. A venda não incluirá a companhia aérea Webjet nem a GJP, que administra hotéis e resorts.

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