Será uma pena ver o prédio, construído há 60 anos, vir abaixo. Em forma de santuário xintoísta, ele exibe delicados detalhes como o telhado de pagode a as famosas lanternas vermelhas.
E não é a primeira vez que o Kabukiza vem abaixo. O teatro já foi destruído por incêndios, pelo grande terremoto de 1923 e com os bombardeios norte-americanos na Segunda Guerra Mundial. Aliás, na sua última reconstrução, foram usados pedaços de tijolos que sobraram dos bombardeios.
Para se despedir do prédio, uma multidão de japoneses vestidos com quimonos e turistas, tem ido até lá para assistir aos últimos espetáculos e, claro, tirar muitas fotos.
Com o teatro, vai embora também um pouco da arte kabuki, que remonta o século 17, da época dos castelos japoneses. Os personagens vivem dramas intensos, viscerais. Os atores são todos homens, já que o teatro foi proibido pelo governo em 1620. Eles abusam da forte maquiagem, deixando o rosto tão branco que nem precisam usar máscaras.