Acompanho sua coluna e me sinto compartilhando suas viagens maravilhosas e colecionando seus conselhos de maior viajante do mundo! Minha família está programando para o próximo mês de julho uma viagem para a Europa. Gostaríamos de conhecer a Alemanha, passar por Praga e finalizar na costa da Croácia, mais precisamente em Dubrovnik. O senhor acha viável esse itinerário? Teresinha de Lisieux Franco Miranda
Well, my dear Teresinha, não existe itinerário inviável: existem viajantes incapazes. O roteiro a que sua família se propõe é absolutamente factível. Um toque de Alemanha -- sugiro, enfaticamente, que Dresden não fique de fora, agora que está completamente recuperada -- , a sustentabilíssima beleza de Praga e, em um outro universo, a beleza confinada de Dubrovnik. Confinada, I must say, porque a "pérola do Adriático" é, in fact, apenas a interminável beleza contida no interior de suas muralhas, uma espécie de museu vivo das rotas venezianas, da cobiça bizantina e da resistência local. Trata-se, darling, de território confinado -- sujeito, portanto, à exploração obrigatória. It doesn't matter quantas lojas modernas você encontrará encravadas nesse torrão do passado. A essência, as you will see permanece intacta. Como, as well, em Praga ou em Dresden, esta última cidade completamente reerguida em quinze ou vinte anos, seguindo, however, seu projeto original. Não deixe, entretanto, de preocupar-se com a logística de suas férias. Carros alugados na Alemanha dificilmente podem ser devolvidos em Praga sem sobretaxas caríssimas. Vôos entre Praga e Dubrovnik devem, seguramente, incluir escalas em Zagreb, com a exiguidade de frequencias de praxe.Be careful, my dear. Oriente-se com um agente de viagens confiável para que seus destinos adquiram a compatibilidade necessária. Mas não deixe de ir: houve um tempo -- e nem tão longínquo --, que transitar entre a Alemanha, a República Tcheca e a Croácia era tarefa para grupos de paraquedistas armados ou comandos de elite. Hoje, thank God, as fronteiras estão abertas, como se espera de um mundo que precisa de nações para cuidar de suas partes, mas, indeed, pertence a todos nós.