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Arte em toda parte

Bondes do Desejo

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Por Heitor e Sílvia Reali
Atualização:
Elétrico 28crédito da foto: Viramundo e Mundovirado Foto: Estadão

Sempre que viajo para o exterior procuro andar de bonde. Por quê? É um passeio em  ritmo mais tranquilo, a melhor maneira de ir vendo o jeitão dos moradores, de me familiarizar com o idioma, de localizar os atrativos que mais tarde voltarei para conhecer melhor, e ainda muito mais barato. Outra vantagem é que deixo de lado os tradicionais "sightseeing bus", lotados de turistas e com aqueles guias que decoram óbvios blablablás sempre na mesma monótona cantilena "... now you can see on the right the castle".

Em Viena

crédito da foto: Viramundo e Mundovirado Foto: Estadão

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Minha dica perfeita para um circuito simplesmente especial é o bonde que percorre o Anel de Viena - uma avenida que circunda o centro da cidade - o 'Vienna Ringstrasse Tram , nº 1(sentido horário) ou 2 (anti-horário)". Num giro de apenas uma hora pude ver vários dos locais mais atrativos da capital austríaca: o Quarteirão dos Museus, a imponente Catedral, os renomados jardins, e o rio Danúbio. O passe para um dia de bus/tram/metro custa 7.60 euros

Em Budapeste

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Crédito da foto: BKV divulgação Foto: Estadão

Em Budapeste o Tram nº 2 é o preferido até mesmo pelos moradores para um passeio prazeroso 'curto e doce', como dizem os húngaros. O percurso começa em Pest, na Ponte de Margareth e contorna os três lados do Parlamento, além de oferecer uma vista privilegiada do Castelo de Buda.

Em Praga

crédito da foto: Czech Transport divulgação Foto: Estadão

O Tram nº 22 é aposta certa para conhecer a capital checa admirando suas construções medievais, e boa parte de seus mais importantes pontos turísticos. O 22 corta a região leste da cidade, atravessa o rio Moldava, e finaliza o roteiro de mais de uma hora próximo do Castelo Hradcany.

Em Lisboa

crédito da foto: Virmundo e Mundovirado Foto: Estadão

O eléctrico nº 28 assemelha-se ao bonde de São Francisco, nos Estados Unidos, só que muito mais divertido! Tem o gingado, a sineta avisando as paradas, e o rangido agudo das rodas de ferro quando o bonde breca. Ao longo de uma rota enrolada subindo e descendo colinas, ele atravessa o Bairro Alto, a Cidade Baixa, o caótico Alfama, passa ao redor da Catedral, e faz da viagem um encantador modo de conhecer Lisboa.

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Em Amsterdan

crédito da foto: Viramundo e Mundovirado Foto: Estadão

A capital da Holanda é ideal para se conhecer pedalando. Mas como não estávamos a fim, e de carro nem pensar, a escolha certa para um passeio cultural recaiu no Tram nº 2. Quem confirmou antes de nós, foi a National Geographic Traveler que considerou o percurso desse bonde um dos mais bonitos do mundo. Da Estação Central pudemos cruzar com cenários que incluem o Vondelpark (o pulmão da cidade), atravessar meia dúzia de canais, contornar o Rijksmuseum, o Stedelijk, e o Van Gogh Museum. O passe para um dia de Tram é de 7.50 euros

Na Bélgica

crédito da foto: LIJN divulgação  
Ao deixar Sal, minimalista, natural, solar, descomplicada e pura, puxei conversa com o cabo-verdiano ao meu lado: O que vocês plantam nesta ilha? "Nada, os agricultores aqui só cultivam o verão, e o ano todo". 

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