Um mercado tem a mesma importância de um templo, convento ou teatro, considerados patrimônios por seus valores arquitetônicos e históricos? Com seus produtos e serviços disponíveis em diversos locais, hoje os mercados perderam espaço. Muitos sumiram do mapa. Mas não o mercado de Goiás.
Deixe-se guiar por aromas, cores, sabores, sons e curiosidades. Você verá que mercados dão pouca trégua aos sentidos.
O Mercado Municipal de Goiás, porém, resistiu a viração do passado.
Para a renomada filha da terra, Cora Coralina (1889-1985), poeta e escritora, "A graça da cidade: a vida do Mercado. A vidinha do Mercado é a graça da cidade".
Já o Mané Pelado, da Pamonharia do Emival é de respirar fundo. Mas, chegue cedo, porque os manés que ele assa as seis da manhã, as nove já não sobra um peladinho sequer para contar a história. Depois me conte se o Mané Pelado do mercado não valeu a viagem.
Para Salma Saddi, diretora do Iphan do Estado de Goiás, ele merecia ser preservado tanto no aspecto arquitetônico quanto em sua feição imaterial: "O mercado de Goiás deveria ser valorizado também no que há de mais íntimo em nossa cidade, onde exalam os aromas de nossa culinária, onde são degustados nossos sabores, onde nossa gente deixa-se ficar para um dedinho de prosa. Assim, ganha fôlego para atravessar séculos".
O Mercado Municipal irá de vento em popa com o que a criatividade goiana, imprevisível, puder inventar.
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