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Curiosidades, entrevistas e lugares paradisíacos

A vida no Saara, o maior deserto quente do mundo!

Com mais de 9 milhões de quilômetros quadrados, o Saara é o maior deserto quente do mundo!

Por Karina Oliani
Atualização:

Com mais de 9 milhões de quilômetros quadrados, o Saara é o maior deserto quente do mundo e o segundo maior deserto do planeta em extensão, perdendo apenas para o Deserto gelado da Antártida.

Ele fica localizado ao norte da África e seu tamanho ultrapassa muitos países grandes, como a Índia, Austrália e nosso próprio Brasil. A imensidão do Deserto do Saara faz com que ele seja universal e parte de diversos países como: Tunísia, Argélia, Sudão, Burkina Faso, Senegal, Chade, Níger, Egito, Mali, Líbia, Mauritânia e Marrocos.

 Foto: Estadão

Hoje em dia, olhando seu clima árido, é difícil imaginar que o clima já foi mais ameno e que já existiram florestas tropicais aqui um dia. Um estudo feito por cientistas, descobriu que o Rio Nilo corria para o Mar Atlântico e não para o Mar Mediterrâneo, uma inclinação na terra fez com que o as temperaturas elevassem e o clima se tornasse árido assim. Hoje, no Saara as temperaturas variam muito, durante o dia faz 40ºC ou mais e durante a noite a temperatura cai para 0ºC ou menos.

 Foto: Estadão

Mas o dromedário é o animal preferido dos grupos nômades do Saara por conta de ser um excelente meio de locomoção e sua capacidade para transportar objetos e alimentos. Não só das histórias de Ali Baba e os 7 ladrões, a gente tinha um sonho de explorar esse deserto de maneira tão lúdica, e um dos pontos altos da viagem foi o momento onde nós encontramos olho a olho quais seriam os nossos camelos parceiros de aventura. Só que nem sempre eles estão totalmente abertos a novas amizades! Enquanto o Marcelo criou laços de amizade para a vida com o Mouloud, Mahmoud só queria me morder e manteve essa cara de poucos amigos por todos os dias que ficamos no deserto.

 Foto: Estadão

No deserto do Saara fica Erg Chebbi, também conhecido como o portal para as dunas de Merzouga. As dunas se estendem por cerca de 22 quilômetros e as mais altas chegam a ter 150 metros de altura. Alguns marroquinos visitam o local anualmente por acreditarem que a areia é milagrosa e pode curar algumas dores corporais. Ao nascer ou pôr do sol, o lusco-fusco cria uma variedade fascinante de cores. É incrível como a mesmice do deserto pode ser fascinante e mágica quando o sol chega ou se vai.

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 Foto: Estadão

No deserto Erg Chebbi vivem ainda alguns povos nômades, embora a cidade seja voltada ao turismo atualmente. Os turistas podem se hospedar em hotéis próximo as dunas e ir de encontro ao deserto durante o dia:a pé, em caravanas de camelos, de jipes ou quadriciclos. Os mais aventureiros se arriscam a acampar em pleno frio árido do Saara e passar uma ou mais noites em tendas típicas Berberes, depois apreciar a aurora e o pôr do sol na imensidão arenosa, que foi, sem sombra de dúvidas uma das paisagens mais lindas que meus olhos já viram.O silêncio e o céu estrelado quando cai a noite é indescritível. Uma paz e uma energia que só vivendo para saber...

 Foto: Estadão

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Os Berberes não é um povo, mas sim várias etnias de povos que fizeram do Saara sua casa. Sua língua é uma das mais difíceis de falar. Chamada de Tamazight, pode incluir 25 idiomas diferentes e mais de 300 dialetos, que muda de região para região. A prova que a origem dessas etnias é de afro-asiáticas, distintas, apesar de muitos hoje já falarem árabe, o idioma predominante no Marrocos.

Eles são considerados os povos mais antigos do continente africano e, atualmente, a maioria dos berberes se converteram a religião muçulmana.

 Foto: Estadão

Paramos para tomar um chá em uma tenda Berbere e apesar da familia ser grande, só encontramos um menino e sua mãe que nos acolheu muito bem em sua humilde morada. Ao ver o menino brincando com sua bicicleta velha e faltando partes, pensei como os parâmetros mundiais são distintos. Mas, não é preciso o Ipad do ano ou um brinquedo super tecnológico para despertar a alegria da infância. Alguns Berberes ainda vivem de forma nômade e a sua economia é baseada no comércio, principalmente de tecidos, alimentos, sal, artesanato e jóias, usando camelos como meio de transporte dessas mercadorias. Os Oásis são usados para descansar durante os longos percursos pelo deserto do Saara. Merzouga é conhecida por um pequeno Oásis Sahariano. Durante o inverno, logo após chuvas repentinas, um lago a oeste da aldeia enche-se de água e atrai centenas de flamingos cor-d e-rosa, cegonhas e outras aves migratórias.

 Foto: Estadão

Por serem povos muito antigos, suas raízes permanecem fortes mantendo muitas tradições até hoje, como a passagem da história oralmente, por exemplo. Os laços tribais e familiares são muito importantes e, por isso, cultivados com a proximidade entre as várias gerações. Chegando ao final dessa jornada de alguns dias, achei que nossos camelos fossem voar pra cima dos seus bebedouros. Acho que espelhei minha sede neles e estava desesperada para dar água pra eles. Mas para a nossa surpresa, eles nem molharam a boca e preferiram tirar selfies com seus donos por alguns dias.

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 Foto: Estadão

 

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