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4. Embarque

Por Luiza Cervenka
Atualização:
Nem sempre os cães podem viajar na cabine Foto: Luiza Cervenka|Estadão

O primeiro passo é comprar a passagem aérea – antes, contudo, pesquise as regras para o transporte de animais, que varia de acordo com a empresa. Nem todas permitem que eles viajem na cabine e muitas cobram taxas extras. Entre Brasil e Estados Unidos, por exemplo, a TAM é a única em que pets podem viajar na cabine, desde que tenham até sete quilos (pesados com a caixa de transporte).

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Assim que comprar a passagem, ligue na central de reservas para confirmar que você estará acompanhado de seu bichinho. Caso o voo não aceite (sim, isso pode ocorrer mesmo considerando companhias que permitem o transporte de animais) e você descubra isso até 24 horas após a compra, ainda será possível mudar a passagem sem pagar a taxa de remarcação. Após esse período, o valor será cobrado.

Resolvida esta parte, pense na documentação. Há despachantes especializados em viagens com animais, que vão orientá-lo de acordo com o destino, mas você pode fazer tudo por conta própria. Desde que comece a correr atrás da papelada com antecedência – e esteja munido de muita paciência.

Para viagens internacionais, será necessário o CVI, o Certificado Veterinário Internacional. Em São Paulo, ele é emitido nas unidades da Vigilância Agropecuária (Vigiagro) nos aeroportos de Guarulhos e Viracopos. O horário de funcionamento é das 9 horas ao meio-dia e das 14 às 17 horas, de segunda à sexta-feira (exceto feriados) e é necessário agendamento prévio por telefone.

O documento leva 48 horas para ficar pronto – por isso, não dá para deixar para o dia do embarque. Na hora agendada, será necessário levar o atestado de saúde emitido por um veterinário, carteira de vacinação e atender a outras exigências do destino da viagem para conseguir o documento.

Com os papéis em ordem, você deve imaginar que está livre das burocracias, certo? Errado. A dica é se informar sobre as regras para retornar assim que vocês desembarcarem. Antes de eu e Stitch voltarmos ao Brasil, foi preciso buscar um veterinário em Miami para emitir um novo atestado de saúde (US$ 106) e, com o documento em mãos, ir ao departamento de agricultura (USDA) para conseguir o certificado de viagem. Assim, gastei outros US$ 38.

Para viajar dentro do Brasil, o processo é mais simples. Será necessário o atestado de saúde do bicho, emitido pelo veterinário, e a carteira de vacinação em dia. O atestado de saúde tem data de validade – por isso, verifique a necessidade de fazer um novo para a volta.

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Nos ares. Burocracia resolvida, é hora de pensar na logística dentro da aeronave. Veja no site da companhia o tamanho máximo permitido para a caixa de transporte – e deixe seu bichinho se acostumar com ela em casa. Quanto mais tempo ele tiver para se habituar antes da viagem, melhor. Vale colocar objetos familiares dentro, roupinhas e até oferecer as refeições para aquele ambiente se transformar em um refúgio – foi o que fiz com Stitch.

No dia da viagem, não é recomendado sedar o animal, mas você pode pedir para o veterinário um remédio para deixá-lo mais calmo. Como faz muito frio no avião, não esqueça de colocar uma manta quentinha. Carregue também algum brinquedo, uma vasilha para o pet beber água (assim como você, ele precisa se hidratar) e um tapete higiênico extra. Quanto à alimentação, ofereça a refeição até três horas antes da viagem e não o alimente dentro da aeronave. Mas não há problemas em oferecer um petisco.

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