NO VOO Você pode levar a comida da criança no avião, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) – e, dada a escassez de opções em voos comuns, recomendamos fortemente que faça isso. Esteja preparado para, no momento da fiscalização no aeroporto, abrir potes e provar um pouco de cada alimento. A segurança das crianças em aviões é um tema controverso e alvo de críticas por parte da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Segundo a entidade, o cinto de segurança convencional da aeronave só é efetivo para passageiros acima dos 20 quilos, peso que a criança atinge por volta dos 5 anos. Apesar do custo extra que isso representa para os pais, a SBP recomenda que crianças de qualquer idade ocupem uma poltrona exclusiva.“Até 1 ano, ideal é que a criança vá em um bebê conforto voltado para trás, como nos carros”, diz a secretária do Departamento de Segurança da entidade, Renata Waksman. No caso de ir no colo (permitido pelas aéreas até 2 anos), ela recomenda usar suportes de carregar o bebê junto ao corpo do tipo mochila, para os maiores de 3 meses. Algumas empresas aéreas oferecem berço, e podem cobrar por isso – e também para colocar a família nos primeiros assentos da fileira, onde a peça é fixada. Para amenizar a pressão no ouvido, no caso dos bebês, amamente, dê mamadeira ou chupeta. Ofereça bastante água, vista a criança confortavelmente, com roupas quentinhas (o ar-condicionado costuma ser forte) e fáceis de serem trocadas. Pense em diversão, como brinquedos queridos (ou, quem sabe, uma novidade, para ser descoberta durante o voo?), cadernos de colorir, lápis e o tablet para evitar ou amenizar ataques de fúria. Se acontecer, mantenha a calma, concentre-se em acalmar a criança e ignore olhares de reprovação. SAÚDE“É indispensável levar a criança ao pediatra antes de viajar”, recomenda Renata Waksman. O profissional indicará os medicamentos da farmácia básica que a família deve levar. “Antitérmico, antialérgico e um remédio contra náusea e enjoo de movimento são úteis, desde que a criança já tenha tomado. Termômetro e itens básicos para curativo, também”, diz. Para viagens ao exterior, contrate seguro-viagem com ampla cobertura. A vacina contra febre amarela, exigência comum mundo afora, pode ser dada a partir dos 9 meses.ALIMENTAÇÃOHá famílias que preferem ter em mãos alguns alimentos transportáveis com os quais a criança esteja familiarizada. É uma possibilidade – em viagens ao exterior, verifique antes as restrições dos órgãos locais de vigilância sanitária. Renata Waksman, da Sociedade Brasileira de Pediatria, sugere ainda consultar o hotel sobre o tipo de alimentação servida e a possibilidade de preparo sob medida. A mãe viajante Glaucia Colebrusco, no entanto, diz que nunca levou nada para as crianças comerem durante a viagem. Na Europa, Helena estranhou um pouco a comida. “Completávamos a alimentação dela com fruta e iogurte. Sempre tem algo mais neutro que é possível oferecer”, diz. “Fico mais preocupada com a água, que prefiro comprar engarrafada”, diz Glaucia. A pediatra concorda: “Para criança, água mineral sempre. Em qualquer país”.