Albergue, sim. Mas com charme e conforto

Antes dedicados a jovens mochileiros, hostels investem em infraestrutura e decoração para atrair turistas mais maduros (e exigentes). Sem abrir mão dos preços camaradas

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Por Redação
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Um quarto duplo bem decorado, espaçoso, com limpeza impecável e conexão Wi-Fi em pleno centro histórico de Lisboa pode custar, por noite, módicos € 35. E o melhor: o preço é o de tabela, não uma pechincha de baixa temporada.

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A hospedagem em questão é o Travellers House (travellershouse.com), albergue que, no ano passado, foi eleito o melhor do mundo pelos internautas cadastrados no site Hostelworld.com. A votação contou com mais de 900 mil participantes e 20 mil estabelecimentos inscritos.

Como o exemplo da capital portuguesa, outros albergues pelo mundo começaram a investir em infraestrutura, quartos individuais ou duplos (e não apenas aqueles com seis e oito camas) e staff simpático e eficiente. Tais condições, semelhantes às de um bom hotel três-estrelas, têm atraído casais, jovens e até turistas que costumavam pagar pelo menos o dobro por um quarto.

 

 

 

 

Em alguns casos, a decoração singular também chama a atenção. Por € 30 é possível passar uma noite em uma das 28 suítes duplas do Room Deluxe Hostel (roomsdeluxe.com), em Valência, na Espanha. A temática do quarto é escolha sua: templo budista, palco flamenco, teatro de ópera, odisseia no espaço...

Noites divertidas são a promessa dos albergues-pubs de Londres. O The Green Man Hostel and Pub, perto da estação Edgeware Road (spotstudio.net/bestplaces), tem quartos privativos por 34,99 libras (com banheiro compartilhado), preço bem vantajoso para os padrões da capital inglesa. No quarto coletivo com seis camas, a diária sai por 15,99 libras.

Nacionais. Desde o hall de entrada já se vê que o novíssimo Leblon Spot Hostel (leblonspot.com) faz questão de se diferenciar de albergues comuns. As áreas coletivas são todas clean, com paredes branquinhas, boa iluminação e móveis confortáveis ? inclusive no terraço. Inaugurado no carnaval e logo credenciado pela rede HI Hostel Brasil, foi classificado como o primeiro hostel design do Rio.

 

 

 

 

Edgard Hargreaves, proprietário do local, explica que desde o início a ideia era ampliar o público potencial. "Não queremos apenas os mochileiros, mas também viajantes mais velhos e exigentes." Ao que tudo indica, a proposta têm dado certo: o índice de ocupação das suítes privadas é de cerca de 80%.

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Os R$ 250 cobrados pela diária dos quartos com banheiro e TV estão acima da média dos demais albergues, é verdade. Mas Edgard desafia o visitante: "Duvido que exista um quarto com o mesmo nível do nosso, em pleno Leblon, por um preço menor."

Hoje, 95 albergues do País estão credenciados pela HI Hostel, que avalia segurança, higiene, hospitalidade, bom preço e respeito ao meio ambiente. Com tarifas médias que variam de R$ 15 a R$ 40, na baixa temporada, e opções de quartos coletivos e individuais, alguns são tão concorridos que é preciso reservar com, no mínimo, dois meses de antecedência. Caso do Lua Cheia, em Natal e Paudimar Falls, em Foz do Iguaçu.

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