Amazônia econômica: é possível?

Tenho férias em agosto e gostaria de ir à Amazônia, mas os cruzeiros e hotéis de selva não cabem no meu orçamento. Há alguma alternativa mais mochileira-trilheira? (Lucas, Curitiba) Sim, é possível mochilar na Amazônia. Apesar do forte calor do verão amazônico, agosto é um bom mês para viajar para lá, porque você vai ter a companhia de muitos mochileiros americanos e europeus – o que ajuda a formar grupos para baratear os passeios. Dificilmente uma lancha voadeira sai do lugar por menos de R$ 300. 

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Por Ricardo Freire
Atualização:

Compre passagem com ida a Santarém e volta de Manaus (se você puder emitir com milhas, ainda há boas ofertas para agosto). De Santarém, vá de ônibus a Alter do Chão (30 km), o balneário à beira do Rio Tapajós. Hospede-se na Pousada do Tapajós, que tem quartos privativos (R$ 140) e coletivos (R$ 50). Vai ser fácil formar grupos para ir de barco a praias próximas.

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De Santarém, siga de barco a Manaus. Serão duas noites passadas na rede. Fazer uma viagem dessas é o ponto de honra de qualquer mochilão amazônico. A passagem custa R$ 175; compre a rede antes de embarcar. 

Em Manaus, hospede-se no entorno do Teatro Amazonas. O hotel Casa Teatro tem quartos privativos com banheiro compartilhado a R$ 140. Fique três dias. No primeiro, faça todo o centro histórico. Para ver o encontro dos rios, rache um táxi até o porto da Ceasa, na Zona Franca (R$ 35, ida): de lá saem os passeios mais curtos e baratos (o simples, só até o encontro das águas, sai R$ 30 por pessoa). No terceiro dia, vá com o ônibus 120 até o fim da linha na Marina do Davi, em Ponta Negra, e pegue a lancha de passageiros que passa no Museu do Seringal Vila Paraíso; na volta, fique na Praia da Lua (no total, você vai gastar R$ 20 de transporte). 

De Manaus, siga de lotação (R$ 45) ou ônibus (R$ 35) a Novo Airão, na outra margem do rio Negro, em frente ao arquipélago das Anavilhanas. É o vilarejo mais conveniente para fazer passeios de selva sem estar em um hotel de selva. A Pousada Bela Vista tem diárias razoáveis (em torno de R$ 200); em agosto, deve haver quórum entre os hóspedes para saírem todos os passeios. O Flutuante dos Botos, visitado ao longo do dia por botos cor-de-rosa que vêm se alimentar, fica junto ao centrinho da cidade e tem entrada a R$ 15. 

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