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Arte internacional reunida em um acervo de 3 milhões de peças

Por SÃO PETERSBURGO
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Certa vez, Woody Allen declarou: "Fiz um curso de leitura dinâmica e li Guerra e Paz em 20 minutos. Tem a ver com a Rússia". Quem percorrer de forma dinâmica as quase 400 salas abertas do Hermitage principal pode ter sensação semelhante à do diretor americano. Para uma visita calma e ampla, vá na quarta-feira, quando o museu abre às 10h30, como sempre, mas fecha bem mais tarde, às 21 horas. Outra dica é comprar o tíquete pela internet (hermitagemuseum.org), o que evita filas e deixa em aberto a data da visita. Pode-se também comprar tíquete válido para dois dias (R$ 53).Quer ir direto aos destaques? Não esqueça a escadaria Jordan, a sala de antiguidades egípcias (número 100), algumas das salas do Palácio de Inverno que são atrações em si (especialmente as 194 a 198 e 304 a 309) e quatro das mais elaboradas entre as 32 salas de arte italiana (214, 227, 237 e 241).Celebrações. As comemorações do 250 anos do Hermitage, em dezembro de 2014, envolvem uma série de melhorias. O governo russo pretende gastar pouco mais de R$ 1 bilhão em restaurações de pontos como o Pequeno Hermitage, a Praça do Palácio e o gigantesco e vizinho Palácio do Estado Maior - onde a ala leste, doada ao Hermitage, passa por reformas para ganhar lojas e restaurantes.A história do museu mais importante da Rússia começa quando a czarina Catarina, a Grande (1729-1796) recebeu de um mercador berlinense 225 quadros de mestres europeus ocidentais. Quando ela morreu, já eram cerca de 4 mil itens acumulados. O acervo atual supera os 3 milhões de peças diversas, embora boa parte seja representativa da arte europeia ocidental. Pelo mundo. Hoje, o museu tem filiais espalhadas pelo mundo: Londres, Amsterdã, Las Vegas e Cazã, também na Rússia. Bem que o autor russo Dmitry Grigovorich escreveu, no século 19: "Digam a palavra 'Hermitage' em todos os cantos da Rússia - todos já ouviram falar".Em São Petersburgo são nove prédios, quatro espalhados pela cidade e cinco reunidos no complexo mais famoso. É ali que fica o branco, verde, dourado e opulento Palácio de Inverno, construído entre 1754 e 1762, no reinado de Elizabeth I, e principal residência dos czares pelos 250 anos seguintes. Após um grande incêndio, em 1837, o prédio foi reconstruído no mesmo estilo. Na Revolução de Fevereiro, em 1917, se tornou sede do governo provisório e, no mesmo ano, foi tomado pelos bolcheviques na Revolução de Outubro. /T.M.

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