Bahamas para todos os gostos

O centrinho turístico e os resorts de luxo de Nassau são só o começo. Você terá ainda 700 ilhas de areias e águas claras para visitar. Escolha entre descanso e mordomia e experências eletrizantes.

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Por Jonne Roriz
Atualização:

NASSAU - O ritmo contagiante ditado por um povo carismático e hospitaleiro se mostra desde o local mais chato de qualquer viagem: a fila da imigração no aeroporto. Pouco importa que se trate de encenação para turista: em pouco tempo, os três músicos que executam a canção Bahama Mama, uma mistura de reggae e blues, conseguem colocar boa parte dos visitantes para dançar ali mesmo, à espera do carimbo das autoridades. "Bem vindo às Bahamas", saúda o policial, entrando no clima.

 

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Desde junho, quando a Copa lançou um voo de São Paulo a Nassau, com conexão no Panamá, o visto americano deixou de ser necessário para brasileiros que querem chegar a este belo arquipélago caribenho. São 700 ilhas com praias de areias claras diante de um mar de águas transparentes e mornas.

 

Uma combinação que pode significar dias de muito descanso e mordomia, se você quiser. Ou se tornar sinônimo de passeios eletrizantes, como o mergulho com tubarões, que nadam livremente ao redor do grupo e se aproximam tanto que chegam a esbarrar no corpo dos turistas.

 

Nassau, a capital, é o ponto de partida para descobrir as Bahamas. Hotéis e resorts ficam principalmente por lá - inclusive os mais românticos, onde são realizados casamentos durante o ano todo. Aliás, em qualquer passeio pelas ruas da cidade durante um fim de semana é possível ver noivas clássicas, com vestidos volumosos, que se deslocam em limusines e charretes.

 

 

Com os locais. A Bay Street é um dos principais endereços de compras na cidade. De souvenirs a badaladas grifes de moda americanas e europeias, de bebidas a charutos cubanos, há lojas diversas espalhadas entre joalherias que anunciam promoções a cada esquina.

 

Pela rua se chega ao Straw Market, que concentra o artesanato bahamense. Localizado diante do porto, o mercado está sempre cheio de passageiros dos navios de cruzeiros que fazem escala ali. Vale o aviso, portanto: cuidado com os preços. Mesmo produtos anunciados como ofertas podem sair por menos da metade do valor. Barganhar é a ordem. Para se ter uma ideia, porta-retratos e leques custam US$ 5 cada; bolsas, em média, US$ 20.

 

Há uma boa variedade de produtos confeccionados na hora pelos bahamenses - é comum muitas pessoas da mesma família trabalharem juntas. Irene Bolle, de 65 anos, vende suas criações no mercado há dez. "Fico orgulhosa de levar o meu trabalho para fora do país e fazer com que o turista sempre se lembre da ilha", diz, enquanto ensina a neta, Demetria, de 8, a fazer um porta-retratos com conchas.

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No Forte Fincastle, ponto mais alto da cidade, você pode ouvir a história do país, que foi colônia da Inglaterra, e se deslumbrar com a vista panorâmica. Na feirinha do lado de fora, vale comprar e bater papo com os locais. Se preferir, siga para Fish Fry, região de bares e restaurantes frequentada por moradores, com preços mais em conta.

Golfinhos e horas de puro descanso

 

Da água para uma rede entre as árvores e, dali, novamente para a água. A 20 minutos de viagem em um catamarã, a partir da estação de ferries de Paradise Island, está Blue Lagoon Island. Com águas quentes e muito transparentes, a ilhota é o lugar perfeito para horas de diversão entre atividades aquáticas e merecidos espaços para descansar.

 

Golfinhos e leões marinhos são as estrelas do lugar. De sessões de beijos e abraços (desde US$ 98) a nados mais empolgantes, com dois golfinhos que erguem o turista pelos pés usando seu bico arredondado (US$ 185), há várias opções. Antes de tudo, os visitantes são obrigados a assistir a uma palestra sobre a anatomia dos animais - é importante saber onde tocar sem machucar os bichos.

 

A partir daí, basta escolher a brincadeira e ficar de ouvidos abertos para o apito do instrutor, que dá os comandos para as acrobacias e gracinhas dos animais. Crianças a partir de 6 anos podem participar, desde que estejam acompanhadas dos pais. Você também pode escolher fazer as brincadeiras na companhia de uma foca.

 

A Blue Lagoon é uma espécie de parque aquático. Entre suas atrações, o grande playground com escorregadores, pedalinhos e caiaques garante horas de animação para a família.

 

Verdadeiro aquário natural, a ilhota é perfeita para o snorkeling. De tão transparente, a água permite que você enxergue seu pé mesmo que esteja submerso até a altura do peito.

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Itens como protetor solar e as inevitáveis lembrancinhas estão à venda na loja do parque, a preços bem justos. Não tão justo assim é o cardápio local: composto exclusivamente por hambúrguer, hot-dog, batata frita e afins, foi pensado para agradar ao público dos Estados Unidos, maioria por lá. Se fast-food não for sua praia, leve uma fruta para quebrar o galho.

 

Já no quesito bebidas, a variedade é mais interessante. Uma cerveja bem gelada é ótima pedida após uma caminhada pela costa. O bar que fica na área central da ilha oferece sucos e as cervejas bahamenses Sands e Kalik, em um balde de gelo que, dependendo do calor, pode parecer uma miragem.

 

Quando bater aquela vontade de um pouco de sossego (afinal, não é esta a intenção?), corra para o redário montado sob coqueiros. Escolha a sua e tire uma soneca de frente para o mar. Só não vá perder a hora: o último catamarã para voltar a Nassau sai às 16 horas.

 

Nativos ou não. Cerca de 50 espécies de animais povoam o ótimo Ardastra, misto de zoológico, jardim e centro de conservação, em Nassau, na metade do caminho entre Cable Beach e a Paradise Island.

 

Há desde hutias, similares ao porco da Guiné, papagaios das Bahamas e serpentes, espécies nativas da ilha, até macacos, jaguares, jaguatiricas, lêmures de Madagáscar e outros animais trazidos de várias partes do mundo.

 

As estrelas do espaço, no entanto, são os flamingos da Índia, treinados para obedecer comandos de voz de seus treinadores, que se apresentam em shows diários. As crianças adoram.

 

Ingressos custam US$ 12. Mais informações: ardastra.com.

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Complexo de lazer na ‘ilha paraíso’

 

Celebridades como Oprah Winfrey, Michael Jordan, Celine Dion e Michael Jackson - que estreou a Bridge Suite, com diária de US$ 25 mil para uma estada mínima de quatro noites - ajudaram a fazer a fama do hotel mais notável das Bahamas.

 

Uma das maiores obras de Nassau, o Atlantis Paradise Island Resort é um verdadeiro complexo de lazer, com parque aquático, centro de referência em treinamento de golfinhos, marina, restaurantes, cassino e boates.

 

São mais de 20 piscinas com cascatas, castelos e toboáguas (um deles passa no meio de um tanque de tubarões), circundadas pelo Lazy River Ride, um rio que pode ser percorrido de boia.

 

Na praia do resort, além das espreguiçadeiras, as opções são jet ski e parasail, alugados ali mesmo, na areia - o Atlantis não se responsabiliza pela segurança de tais passeios.

 

A Dolphin Cay é uma cidade à parte, com 38 golfinhos e 16 leões-marinhos que fazem um espetáculo de encher os olhos na praia artificial construída na parte de trás do resort. Diárias custam desde US$ 239 para duas pessoas. Mais: atlantis.com.

 

SAIBA MAIS

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Passagem aérea: São Paulo-Nassau-São Paulo custa desde R$ 2.000,86 na Copa, com conexão no Panamá; e R$ 2.600,53 na American Airlines, com conexão em Miami (é necessário, no mínimo, visto de conexão)

Moeda: 1 dólar bahamense vale R$ 1,73

Visto: só é exigido dos brasileiros para uma permanência superior a 15 dias. Mais: bahamasturismo.com.br

Melhor época: a seca começa em novembro e vai até abril. Maio a outubro são meses chuvosos

 

O que levar

 

Dia a dia: Roupas leves para o dia, trajes de banho e algo caprichado para a balada

Mergulho: Você pode levar os equipamentos ou alugar por lá - inclusive snorkel e máscara

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O que trazer

 

Artesanato: Sandálias, bolsas, cintos, marcadores de livros e outros itens de couro são boas lembrancinhas. Bijuterias feitas com contas e conchas e fitinhas da sorte também são fáceis de encontrar em lojas e no mercado

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