Bares e mirantes para ver Lisboa do alto

Com uma bebida em mãos ou em áreas públicas e gratuitas, admire os melhores ângulos dos telhados e do Rio Tejo

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Por Monica Nobrega
Atualização:
The Insolito,bar-restaurante no alto do hostel The Independente. Foto: The Insolito

Nem é preciso subir tanto assim para ter as melhores vistas de Lisboa. Os altos e baixos das sete colinas dão conta de criar mirantes por toda parte. Mas quem nega o charme de beber um coquetel ou de jantar ao ar livre no topo de um prédio? Assim, a febre dos rooftops pegou também na capital portuguesa.

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The Insólito Para chegar ao restaurante e bar no Príncipe Real, no topo de um casarão do século 19 onde funciona o hostel The Independente, é preciso se enfiar em um dos elevadores mais antigos ainda em operação em Lisboa. É minúsculo, mal cabem três pessoas – mas dá para ir de escada se a ideia parecer claustrofóbica. 

Os 32 lugares do terraço com vista para o Castelo de São Jorge são os mais concorridos, mas o ambiente interno também é agradável. Os pratos portugueses, como o lombo de bacalhau com arroz malandrinho, uma versão do risoto, são criação do chef António Santos. Custam até 20 euros. A procura é grande: reserve.

Silk Club Fica no Chiado e faz a linha chique-porém-à vontade. O ambiente é lindo, com sofás e almofadas do lado de fora, onde a vista é para o Tejo e o Castelo de São Jorge. O público do local vai lá para ver e ser visto, com produção caprichada e smartphones a postos para selfies e curtidas. A comida japonesa dali é uma das mais bem afamadas de Lisboa. Espere gastar cerca de 40 euros por pessoa no jantar, sem bebidas. 

Topo Fica no alto de um centro comercial na Praça Martim Moniz, entre os bairros Baixa e Mouraria, num ponto meio fora do circuito turístico, embora no centro. Pelo clima à vontade, é um achado, um daqueles lugares para dar uma passada no fim da tarde sem se preocupar com o cabelo desfeito por um dia inteiro batendo pernas. 

A parte interna é envidraçada, com um enorme balcão; a externa tem deques (lá chamados de esplanadas). O lugar tem um cardápio extenso de coquetéis a 8 euros, poucos vinhos e, para comer, petiscos com jeito de boteco e pratos simples como peixe, polvo e bochechas de porco com batatas, que custam até 18 euros.

Mirantes Sem gastar nem um centavo com comida e bebida, você pode apreciar os telhados de Lisboa, os barcos no Rio Tejo e a Ponte 25 de abril de vários mirantes públicos. 

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No Príncipe Real, o Mirante São Pedro de Alcântara fica na frente do hostel The Independente. Dali enxerga-se o Castelo de São Jorge todo iluminado à noite. Às sextas-feiras, universitários se encontram no local vestindo o traje típico dos estudantes portugueses, uma capa idêntica à dos alunos da escola de magia de Hogwarts, do bruxo Harry Potter. Dizem que esta foi, inclusive, a inspiração da escritora J.K.Rowling para criar a roupa da ficção. 

No bairro da Graça, o Mirante Nossa Senhora do Monte ainda é considerado um achado, embora a profusão de tuc-tucs pela cidade ande levando mais gente até lá – porque a subida é chatinha. A vista é para a Ponte 25 de Abril.

Outro mirante interessante é o de Santa Catarina, no Largo do Adamastor, pegado ao Bairro Alto. O horário mais concorrido é o pôr do sol. À noite, quem frequenta o pedaço são os mais jovens. 

Terraços ao ar livre

Contra o calor que faz agora na Europa, terraços para comer e bebericar ao ar livre. O do Hotel Valverde, na Avenida da Liberdade, é um daqueles segredinhos locais que turista procura e não encontra nos guias. Às terças-feiras, há apresentações intimistas de fado na happy hour, mais ou menos entre 19h30 e 22h. 

Terraço ao ar livredos restaurantes da Embaixada. Foto: Mônica Nobrega/Estadão

Outros dois desses terraços pertencem aos restaurantes Gin Lovers & Less e Atalho Real. Ambos ficam dentro da Embaixada, nome de uma galeria que reúne marcas e artistas que trabalham apenas com moda, decoração, cosméticos e artesanato portugueses. A Embaixada reaproveita um casarão de estilo árabe do século 19 e fica no bairro lisboeta que atualmente mais tem a cara desse tipo de empreendimento, o Príncipe Real. 

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