Base da KGB em hotel renomado dá lugar a museu

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Por Redação
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Construído em 1972, o Hotel Viru logo se tornou o mais cobiçado de Tallin nos tempos em que a Estônia integrava a União Soviética. Ali se reuniam chefes de Estado, autoridades e artistas, numa lista que inclui Marilyn Monroe e o astronauta Neil Armstrong. O menu era repleto de iguarias fora do alcance da população e todos queriam um emprego no hotel - que, na época, tinha aproximadamente mil funcionários. Mas a KGB, a agência russa de segurança, não ia deixar passar tamanha oportunidade de ter total controle sobre hóspedes de tamanho quilate. Havia um sem-fim de escutas e aparatos dignos dos filmes de 007, como os pratos com microfones escondidos, que tinham alvo certo. A base de espionagem funcionava no 23º andar do hotel, que, para todos os efeitos, não existia: o elevador só vai até o 22º piso. Quando os russos perderam o domínio sobre a Estônia, a KGB deixou o Viru às pressas. Listas, documentos, jornais, fotos e um aparato de equipamentos ficaram para trás. O museu, em si, é composto basicamente por duas salas pequenas. Há pouco, de fato, para ver - o importante ali é ouvir as histórias contadas pelos guias e deixar a imaginação ir longe. A entrada custa 7, mas é preciso agendar a visita pelo e-mail: viru.reservation@sok.fi. / A.M.

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