Borgonha e a arte de saber viver

Com belas construções medievais e foco em gastronomia (com diversos restaurantes com estrelas Michelin), essa região da França convida a desfrutar seus encantos, como a mostarda Dijon, vinhos com denominação de origem e o sedutor absinto

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Por Lucineia Nunes
Atualização:
A vila de Pontarlier tem duas destilarias de absinto Foto: Niels Ackermann/The New York Times

Cidades medievais, castelos, parreirais com seus tons de verde colorindo e contornando as encostas e alguns dos rótulos mais cobiçados do planeta fazem da região francesa da Borgonha um destino indispensável para os amantes do vinho e da boa mesa.

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Desde 2014, com a reforma territorial das regiões francesas, a Borgonha foi unida ao território vizinho de Franche-Comté. Por sua localização, a região reúne vários terroirs e produz alguns dos melhores rótulos do mundo, entre os quais o Romanée-Conti. A maior parte da produção vitivinícola é composta pelas castas de chardonnay (vinho branco) e pinot noir (tinto). Outras uvas cultivadas são a tinta gamay e a branca aligoté.

Dijon dá as boas-vindas a essa região de colinas e vinhedos. Apesar do cenário medieval bem preservado, com construções de pedra e telhados coloridos, a cidade tem um ar sofisticado e moderno, que se revela em diferentes serviços, do transporte público à gastronomia. Sem falar no lado cultural, com seus museus e festivais durante todo o ano.

No verão há concertos de jazz nos parques e jardins, além de outros dois festivais: o Garçon, la Note!, com apresentações musicais gratuitas nos terraços dos cafés e restaurantes até 30 de agosto, e o Dièse, com performances digitais, visuais e musicais no centro histórico da cidade.

Já a pequena Beaune fica no centro da rota dos grands crus. Lugar ideal para conhecer vinícolas, participar de degustações e comprar vinhos, como os Hospices de Beaune.

Em Pontarlier, próximo à Suíça, você pode visitar destilarias de absinto, queijarias e esticar o passeio até Malbuisson para comer no restaurante Le Bon Accueil, estrelado pelo Guia Michelin. Outros tantos restaurantes, dos bistrôs aos estrelados, comprovam a alta gastronomia local, como o impecável Bernard Loiseau, em Saulieu.

Para acompanhar os vinhos, pratos típicos fazem bonito nos cardápios, caso do boeuf bourguignon – carne borgonhesa –, um cozido de carne com molho de vinho tinto, os escargots e o les gougères, tipo de pão de queijo francês, de massa leve e aerada, perfeito como aperitivo. Entre os ingredientes comuns na cozinha também estão cogumelos, aspargos, ovos (cozidos perfeitamente) e a conhecida mostarda de Dijon.

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Os borgonheses, aliás, são famosos por dominar “a arte de saber viver”. Por isso, faça como eles: relaxe e aproveite ao máximo sua estada e cada taça de vinho. Santé!

*A repórter viajou a convite da Atout France e da Air France.

SAIBA MAIS

Aéreo: direto SP-Paris-SP desde R$ 4.575 na Air France, em setembro. Em novembro, Turkish e Alitalia têm passagens desde R$ 2.700, com conexão.Trem: no TGV, entre Paris e Dijon, começam em 22 euros.

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