Capri, a ilha para ver e ser visto

Anacapri, a segunda cidade da ilha, é uma opção para quem quer fugir do tumulto

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Por Aryane Cararo e CAPRI
Atualização:

O barco sai de Sorrento, na Itália continental. Em meia hora pelo Mar Tirreno, como é chamado esse trecho do Mediterrâneo, ele chega a uma marina de casinhas coloridas e barcos. Marinheiros oferecem passeios às grutas a 15. Então, você pega o funicular, um bondinho que o leva para a cidade alta, e começa a compreender porque ela é o sonho de consumo de boa parte das pessoas no mundo. No bilhete, a explicação para o frenesi: Capri, o destino de ricos, famosos e românticos em geral.

 

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Casinhas pontuam de branco a vegetação nas encostas, que dá lugar a rochas e flores amarelas à medida que os olhos sobem os 589 metros do Monte Solaro. Veleiros e iates viram pontos brancos no azul do mar. Faltam palavras para descrever tantos azuis. No alto, já na Praça Humberto I, buganvílias e gerânios rosa terminam de pintar a paisagem. E cafés se prestam à contemplação. Não por acaso, a praça é chamada de "a sala de estar do mundo". E antes que você solte aquele suspiro, inspire. Encha os pulmões. Capri é deliciosamente perfumada. Culpa da fábrica de perfumes. Agora, sim, suspire.

 

Não é à toa que os imperadores romanos fizeram da ilha seu refúgio de verão. Augusto a descobriu em 29 a.C. e Tibério, seu sucessor, construiu 12 luxuosas villas e governou dali seus últimos dias. A Villa Jovis, à beira do penhasco, é a mais conservada. Capri sempre esbanjou glamour e sofisticação. Hoje, as melhores grifes do mundo estão ali. E quase todo restaurante exibe fotos de famosos à porta, como um "atestado" de boa culinária. Mas, apesar do luxo e da exclusividade, andar por Capri durante o dia não é muito exclusivo. Hordas de turistas percorrem as ruazinhas, ofuscando lindas mulheres de branco e elegantes homens de mocassins, que são a cara da ilha - muitos dos quais estão ali só para ver e ser vistos.

 

Tomar sol é um detalhe, já que não existe muito espaço de praia - na Marina Piccola, há cadeiras e um mar cristalino. Nada se compara, claro, ao azul intenso da Grotta Azzurra, cujas profundezas refletem objetos prateados. Mas, quando venta, o passeio até lá é suspenso. Nesse caso, uma volta em torno da ilha pode revelar outro cartão-postal: os Faraglioni, picos que se erguem 100 metros acima do mar.

 

Anacapri. Quem não quer tanto tumulto pode fugir para Anacapri. A segunda cidade da ilha tem bons hotéis e spas, casas com grandes terraços, caminhos agradáveis como o Vila San Michele, belas paisagens e lojas com preços mais acessíveis - muitas vendem o limoncello, licor de limão típico do Golfo de Nápoles. Vale experimentar ali, onde há menos fila, um serviço característico da ilha: a confecção de sandálias sob medida. Você escolhe o modelo e a cor - a partir de 50. E, depois, desfila exclusividade.

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