Casablanca: vinhedos e degustações

"Como conheceram as uvas / a propaganda dos cachos?”

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Por Edison Veiga
Atualização:
Vista geral davinícola Matetic, onde fica também o hotel La Casona. Foto: Mariana Veiga/Estadão

A primeira parada foi na vinícola Matetic, entre as cidades de Casablanca e San Antonio. Trata-se de um empreendimento recente se comparado aos tradicionais produtores de vinho: foi criado em 1999 e entrou no mercado três anos depois. 

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A vinícola tem suas bandeiras. Sua produção, além de 100% orgânica, é biodinâmica. Isso significa que há um mínimo de intervenção artificial nos processos. A colheita é completamente manual e bastante restrita. Alguns animais, como lhamas, são mantidos na propriedade para ajudar na limpeza e fertilização naturais. 

“Com que direito numeraram / as doze uvas do cacho?” Para vivenciar plenamente a experiência, hospedei-me no La Casona, o hotel que funciona na propriedade. Tudo estava incluído, portanto, em minha diária: dois tours diferentes pela propriedade; café da manhã, almoço e jantar; visita guiada ao processo de produção de vinhos; e uma saborosa degustação, é claro. 

Era abril, tempo de colheita que pude observar pelos corredores de parreiras, e a paisagem já começava a se preparar para o frio. “O que ainda paga o outono/ com tanta nota amarela?”, “Me diga, a rosa está nua ou tem apenas esse vestido?”, “Por que se suicidam as folhas/ quando se sentem amarelas?” 

Para os passeios, podia escolher entre van, cavalo, bicicleta ou caminhada. Em ambos, fui de bicicleta – em cada trecho, de terra mas com relevo praticamente plano, percorri cerca de 10 quilômetros. “Quem trabalha mais na terra, / o homem ou sol agrícola?”, “Como ganhou sua liberdade / a bicicleta abandonada?” Diária com pensão completa e passeios a US$ 310 por pessoa em quarto duplo: matetic.com.

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