Como chegar, onde ficar e onde comer na região de Arica

Em Putre, a altitude é uma preocupação que deve ser levada a sério

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Por Thiago Lasco
Atualização:
Todas as suítes do Apacheta têm varanda com vista para o mar, de onde cantam gaivotas Foto: Thiago Lasco/Estadão

COMO CHEGAR

Aéreo

Para chegar à região desde São Paulo, é preciso voar para Santiago (4h20) e mais 2h40 até Arica. Com a Latam, a partir de R$ 2.584,92; na low cost chilena Sky Airline, desde US$ 522,41.Moeda

R$ 1 vale 170 pesos chilenos. Em Arica, dá para fazer câmbio no centro, na região do Paseo 21 de Mayo - mas é melhor levar dólares (US$ 1 compra 670 pesos chilenos). 

ONDE FICAMOS

Hotel Apacheta (Arica)

Jeitão de hotel design, com pegada sustentável e vista para o mar: a receita do Hotel Apacheta, em Arica Foto: Thiago Lasco/Estadão

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A construção, erguida sobre palafitas quase à beira da praia, é toda de madeira, com desenho modernoso e pegada sustentável. Os quartos, aconchegantes, têm varanda debruçada para o mar, de onde se ouve o canto das gaivotas. No café da manhã, são servidos ovos mexidos feitos na hora, geleias caseiras e iogurte com frutas. Vale a pena jantar por lá: invista no quinotto de frutos do mar (espécie de risoto com quinoa no lugar do arroz) e não perca o pisco sour de goiaba. Diárias desde R$ 387.

Codpa Valley Lodge (Codpa) 

Os chalés do Codpa Valley Lodge ficam ao redor de um gramado Foto: Thiago Lasco/Estadão

Os quinze chalés são rústicos, mas espaçosos, com pé-direito alto, e ficam ao redor de um gramado com piscina. Pena que não havia água quente no banho durante nossa estada (a gerência garantiu se tratar de um problema passageiro). Encare a falta de Wi-Fi como um convite a se desconectar e releve a simplicidade do desjejum. Diárias desde US$ 120.

Hotel Kukuli (Putre)

Quarto do hotel Kukuli: cama confortável, espaço para trabalhar e banheiro míni Foto: Thiago Lasco/Estadão

Bem localizado, fica a uma curta distância a pé da praça e dos restaurantes. Ao lado da cama confortável há um canto de trabalho com escrivaninha. Por outro lado, o banheiro não serve para hóspedes claustrofóbicos. Um pijama bem quentinho, ou mesmo uma segunda pele, pode ajudar a encarar as noites geladas sem calefação. Diárias desde R$ 267.

ONDE COMER

La Paloma

A especialidade do La Paloma é o cuadril de alpaco, preparado na wok à mesma moda de um lomo saltado peruano Foto: Thiago Lasco/Estadão

Instalado no hotel de mesmo nome em Putre, o salão amplo serve clássicos da cozinha peruana (arroz chaufa de frutos do mar, lomo a lo pobre) e especialidades locais, como o cuadril de alpaco (preparado na wok com molho de ostra, tomate, cebola-roxa). Pratos a 7 mil pesos (R$ 42).

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Amaz

Especialidades peruanas euma carta de drinques com variações de pisco sour: garantia de noite animada no Amaz, em Arica Foto: Thiago Lasco/Estadão

A poucos passos da Plaza Colón, em Arica, tem em sua carta de drinques variações de pisco sour (prove o de gengibre; 5 mil pesos ou R$ 30). Para petiscar, as tablas trazem especialidades peruanas para compartilhar (desde 16 mil pesos ou R$ 94). Pratos principais a 9.500 pesos (R$ 56).

Mr. Chiss

Ceviches, chincharrón de pescado e limonada com hortelã: combo alto astral de frente para a praia, no Mr. Chiss Foto: Thiago Lasco/Estadão

O simpático food truck serve em mesas sob um toldo improvisado, de frente para a Playa Chinchorro, em Arica. Ceviches desde 4 mil pesos (R$ 23); o combinado com 2 ceviches, um chicharrón de pescado (peixe empanados em farinha de milho) e 2 limonadas com hortelã custa 13 mil pesos (R$ 76).

Restorán Doña Fely

Restorán Doña Fely serve comida simples com gosto caseiro. Os clientes comem o que a família de donos tiver preparado para o próprio almoço Foto: Thiago Lasco/Estadão

No único restaurante de Codpa, os donos servem aos eventuais forasteiros o que tiverem feito para o seu próprio consumo. É comida caseira: nosso PF tinha coxa de frango com arroz branco, batata cozida e salada de tomate, cebola e ervilha. Com suco natural, custou 3.500 pesos (R$ 20).

CONSELHOS ÚTEIS

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Altitude Para encarar as altitudes elevadas, capriche na hidratação e aumente o consumo de carboidratos. Na véspera da expedição, durma bem e resista aos drinques com pisco, já que a ressaca pode complicar a adaptação à altitude. Os andinos têm como tradição mascar folhas de coca. Mas cuidado: em organismos mais sensíveis, isso pode provocar uma arritmia cardíaca. O chá de coca é menos agressivo.

A mais de 4 mil metros de altitude, é preciso ir devagar: o organismo sofre com o ar rarefeito e o fôlego é curto Foto: Thiago Lasco/Estadão

Docinhos à mão Caramelos são bons companheiros de viagem: alimentam, ajudam a formar saliva e, ao mascá-los, você mantém os ouvidos desobstruídos.Roupas Use roupas e calçados confortáveis. Vestir-se em camadas ajuda a se adaptar às variações de temperatura ao longo do dia. Leve um bom gorro que cubra as orelhas, pois o vento gelado no Parque Nacional Lauca é cortante. Apesar do frio, o sol queima muito, então óculos escuros e filtro solar são fundamentais. Como Putre tem temperaturas negativas durante a noite, os mais friorentos vão gostar de ter à mão uma segunda pele. Devagar e sempre Durante os passeios, ande devagar e trabalhe a respiração, enchendo mais os pulmões de ar a cada inspiração. Se você tentar se movimentar no ritmo a que está habituado, ficará sem fôlego rapidamente. O mantra é: “caminhar como um idoso, para terminar como um jovem”.

Carro valente É recomendável fazer o trajeto com guia, mas quem for por conta própria é melhor ir com uma picape grande, com tração 4x4, já que o percurso entre os povoados é feito por estradas difíceis. Não confie apenas no GPS ou em aplicativos para se orientar: como há várias áreas sem sinal de celular ou internet, estude bem o trajeto para não se perder.

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