Depois, pegue os óculos 3D para se sentir na pele de uma tartaruga-marinha. Desde o momento em que sai do ovo, são muitos os desafios: uma gaivota faminta, uma rede de pesca, um tubarão. Até o momento de voltar para a praia onde nasceu e botar seus próprios ovos. Além de bonito e divertido, faz a gente pensar.
Jornada ao território antártico
A placa avisa que você chegou ao Polo Sul. Por entre as imensas montanhas cobertas de gelo (curiosamente, em forma de pinguim), uma passagem. É ali que se dá o encontro dos visitantes com Puck, o simpático pinguinzinho que nos apresenta a Antarctica: Emperor of Penguin. Não é simulador, brinquedo nem simplesmente uma área dedicada a pinguins. Vai além.
Puck faz as vezes de anfitrião, em um vídeo logo na entrada. Depois, é preciso escolher o tipo de percurso: wild ou mild (respectivamente, com ou sem emoção, mas sem radicalizar em nenhum deles). Fomos de wild e giramos, giramos e giramos para um lado, giramos, giramos e giramos para o outro.
Mais carrinhos chegam perto, deslizando pelo chão coberto de placas magnéticas. Entre uma e outra sacudida, Puck aparece, faz uma graça, nos mostra o que está por vir. De repente, paramos em frente a uma enorme tela, onde uma foca tenta atacar o pinguinzinho. Os carrinhos respondem aos movimentos bruscos e, quando Puck sai da água, uma parede atrás de nós se abre. Chegamos à colônia de pinguins.
A temperatura, para nós, é congelante: zero grau. Para as aves, simplesmente perfeita. Elas nadam nos tanques d’água, observam os visitantes com curiosidade, descansam. Ao todo são 250, de quatro espécies diferentes: pinguim-de-penacho-amarelo, adélia, gentoo e rei.
Dá para chegar bem pertinho deles, mas ninguém aguenta ficar muito tempo por ali por conta do frio. Afinal, você saiu da Orlando tropical direto para o frio antártico. Do lado de fora, um ambiente aquecido e, aí sim, vidros para ver os animais – nadando e se divertindo nos tanques, olhando com curiosidade para nós.
Segundo Bryan Morrow, diretor criativo do Sea World Parks, foram três anos desde a ideia até a inauguração do complexo, no mês passado. Não por acaso, trata-se do maior investimento do parque em uma única atração – o montante gasto, no entanto, não foi divulgado.
“Pouquíssimas pessoas conseguem, de fato, ir até a Antártida”, explica Morrow. “Por isso, decidimos trazer para cá um pouco desse hábitat.” Ele conta que a ideia era produzir uma atração para toda a família – e dar duas opções de percurso, com uma versão light, foi uma forma de incluir idosos e crianças pequenas.
Para reproduzir o ambiente antártico, cientistas colaboraram enviando informações aos engenheiros do Sea World. Uma delas é a mudança de iluminação de acordo com a época do ano, como ocorre na natureza. /A.M.