Curaçau: um show de cores

Mar verde, céu azul e casas holandesas dão o tom na ilha

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Por Giovanna Tucci e
Atualização:

Dê um mergulho no mar verde-água, pegue um refresco, acomode-se em uma cadeira e ouça a música da cantora antilhana Izaline Calister. É o clichê mais cobiçado do mundo: você está no Caribe, especificamente em uma das ilhas das Antilhas Holandesas, Curaçau.

 

 

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É inegável que, apesar das charmosas e multicoloridas casinhas holandesas (Patrimônio da Unesco) e das diversas atrações, como o passeio aventuresco de quadriciclo e a visita à Caverna Hato, é o mar de Curaçau que vai despertar a vontade de nunca mais deixar a ilha. É verde transparente, de um tom quase fantasioso, tão cheio de variações que faz a gente espremer os olhos para ter a certeza de que água daquela cor realmente existe.

Não só existe como todas as praias da maior ilha das Antilhas Holandesas, que fica ao sul do Caribe e distante 60 quilômetros da Venezuela, são lavadas por esse mar.

Certo, você já ouviu falar de muitas ilhas caribenhas. O que Curaçau tem a mais? Para começar, tem o nome, que remete a "coração". Os nativos dizem que até pode ser uma corruptela da palavra portuguesa, mas a maior aposta é que o nome venha do verbo "curar". Logo após seu descobrimento, no século 15, marinheiros teriam surpreendentemente sarado de escorbuto, apelidando-a de "isla de curación", em espanhol.

Uma vantagem em relação às ilhas irmãs, Aruba e Bonaire, é o fato de ser a mais low profile de todas. Lá você pode tomar sol sem se sentir em um formigueiro, como ocorre em Aruba, a queridinha dos americanos.

Willemstad, a capital, tem um centrinho agitado. Os dois bairros principais, Punda e Otrobanda, onde estão as lojas mais bacanas, ficam em lados opostos da Baía de St. Anna. Há uma ponte móvel que os interliga, a Queen Emma, conhecida como a maior do mundo.

Assim, quando um barco passa, atravessar pode se tornar mais demorado. Moradores já conhecem o esquema - enquanto turistas correm com suas sacolas para não perder a viagem. Se não der tempo, pare e se refresque com um sorvete.

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Em suas andanças, será impossível resistir à casa de perfumes e cosméticos Penha, em Punda (bairro mais chique que Otrobanda). Os preços são de Duty Free e há um andar só com maquiagens da marca MAC. Na mesma rua, a Heerenstraat, há outras lojas interessantes. A Nirvana vende lembrancinhas com a cara do Caribe, como miniaturas de cactos e iguanas de plástico, a bons preços.

Na Mensing"s Caminada (Schottegatweg, s/nº;

www.mensings.com

), na região de Saliña, você pode comprar discos, livros e um dicionário de papiamento, o idioma mais falado em Curaçau.

DIALETO

O papiamento, aliás, é divertidíssimo para nós, brasileiros. O idioma mistura português, espanhol, holandês e soa como uma língua africana. Tem como princípio "escrever como se fala". Por isso, Caribe é com K, cachorro é

kachô

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, rosa é

ros

, descansar é

descansá

e feliz é com s. Não dá para entender tudo, mas quando falam devagar, compreendemos grande parte.

Essa mistura cultural - Curaçau tornou-se autônoma em 1954, mas faz parte até hoje do reino da Holanda - não está só na língua. Aparece, por exemplo, na gastronomia. Eles adoram comidas tão diversas como carne de iguana, bolinhos holandeses e sopa de pescados.

COMO LAS VEGAS

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À noite, vai ser difícil escapar dos cassinos. Curaçau é uma mini Las Vegas nesse sentido - cada hotel tem o seu. Dica de quem entende do assunto: jogue em máquinas que já deram bons prêmios. A probabilidade de ganhar em uma delas é maior.

Em tempo: para ir até Curaçau não é preciso fazer escala em Miami. Desde julho, a Gol opera um voo direto a partir de Brasília.

Viagem a convite de Oficina de Turismo de Curaçau e Gol

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