Dia 4 - Cânticos infantis

PUBLICIDADE

Por Flavia Alemi
Atualização:
Passeio fora da programação acabou sendo um dos mais enriquecedores do roteiro Foto: Flavia Alemi/ Estadão

Foi difícil decidir entre fazer mais uma trilha ou ir para a atividade cultural. As dores nos joelhos estavam melhores depois de ficar cozinhando na jacuzzi, mas ainda marcavam presença. Pela manhã, decidi que aguentaria mais três horas de caminhada e resolvi fazer a trilha, que, pela primeira vez, começou direto do chalé, sem que a van nos levasse ao ponto de partida. 

PUBLICIDADE

Parte do caminho fazia parte do final da trilha do dia anterior, mas a proposta era diferente: iríamos ver as cachoeiras do começo do vale. Até chegar do outro lado da montanha, o caminho foi relativamente fácil, sem grandes inclinações e com a grama amortecendo os passos. A descida, por sua vez, reforçou, mais uma vez, a importância dos bastões de caminhada, já que as pedras davam pouca sensação de segurança ao pisar. 

Depois de atravessar o riacho, seguimos o caminho vale adentro, parando para observar algumas casinhas de pedra e barro que pipocavam ao longo do curso das águas. Chegando mais perto do centro do povoado, a presença de civilização fica mais forte, com construções de alvenaria, cartazes de políticos, igreja e escola. 

Nos bancos da escola

Um dos guias, Carlos, conseguiu com que os diretores do centro de ensino autorizassem a nossa visita, um passeio que não estava programado e que acabou se tornando uma das experiências mais enriquecedoras da viagem. Vestindo as roupas coloridas tradicionais das montanhas, com ponchos e chapéus, as crianças cantaram músicas usadas no processo de alfabetização em castelhano – nas montanhas peruanas, a maioria da população fala quíchua. 

O chalé não estava longe. Deu tempo de participar da aula de culinária na qual aprendemos a preparar a Causa Limeña (leia mais abaixo). Dali, direto para a jacuzzi particular até a hora do jantar.

Sabores típicos

Publicidade

O porquinho- da-Índia, no Peru, não é um bichinho de estimação Foto: Flavia Alemi/ Estadão

Causa Limeña Parecido com nosso escondidinho, é uma entrada servida fria. Dois discos de purê de batatas com pimentão amarelo cercam o recheio, que pode ser de atum, frango ou abacate, temperados com suco de limão, maionese e sal. Saboroso.

Pachamanca É o churrasco peruano. Usando uma espécie de forno de pedra escavado na terra, cozinham-se cordeiro, frango e porco junto com diversos tipos de milho e batatas. Controverso: só provando para ter o próprio veredito.

Chicha morada Feita com suco de milho roxo, a chicha morada lembra uma versão não alcoólica de uma sangria, com abacaxi, maçã, limão, canela e cravo compondo a lista de ingredientes, além de muito açúcar. 

Cuy O porquinho- da-Índia, no Peru, não é um bichinho de estimação. Consumido principalmente pelos moradores das montanhas, o cuy é servido inteiro, assado, para traumatizar os turistas que tiveram o pet na infância.

Pisco sour  Carro-chefe do Peru, o Pisco Sour é docinho e saboroso, mas deve ser consumido com moderação, devido aos 40% de teor alcoólico. Leva pisco, limão, clara de ovo, xarope de açúcar, angostura e muito gelo.

Leia mais: Bebidas com sotaque — os drinques típicos mundo afora

Picarones  Comida de rua em formato de rosquinha. Trata-se de uma massa feita com farinha, abóbora e batata doce, frita em imersão e coberta com mel de rapadura. Aprovado.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.