Dia 5 - Descanso para os joelhos

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Por Flavia Alemi
Atualização:
Os mochica, nazca, wari e chimu lambayeque, e, claro, os incas, estão entre os povos estudados Foto: Flavia Alemi

Depois de quatro dias de caminhadas, os joelhos imploravam por descanso. Como as duas opções de trilha eram de dificuldade elevada, optei pela atividade cultural. Assim, pude acordar um pouco mais tarde. Com as malas prontas para serem levadas até o próximo chalé, subimos na van às 9h e fizemos um longo caminho de volta ao Vale Sagrado, até Urubamba.

A atividade programada era uma visita ao Museo Inkariy, que conta a história dos povos que habitaram a região andina desde antes da expansão do Império Inca. Nas oito salas, são apresentados, por meio de dioramas, os costumes, indumentárias e características físicas dos principais povos andinos.

Entrada doMuseo Inkariy, que conta a história dos povos que habitaram a região andina desde antes da expansão do Império Inca Foto: Flavia Alemi/ Estadão

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Seguindo uma ordem cronológica, a primeira sala, do povo caral, conta detalhes sobre a civilização mais antiga da América, que teria se formado há cerca de 4.600 anos no litoral peruano. Na sequência, a sala dedicada ao povo chavin traz uma representação dos rituais de sacrifício, enquanto a dos paracas mostra técnicas de deformação de crânios, que serviam para distinguir a função de cada membro da sociedade.

Origem dos incas

Depois de conhecer os mochica, nazca, wari e chimu lambayeque, chega a vez dos incas. Há diversos mitos que narram a origem desse povo. O mais difundido é o de que os irmãos Manco Capac e Mama Ocillo, filhos do Deus Sol, emergiram das profundezas do Lago Titicaca para procurar um lugar para estabelecer um reino. Esse local seria o Vale de Cuzco. 

Já a versão arqueológica sugere que os incas tenham sido um resultado da união entre os moradores do vale e tribos nômades. Fato é que, em apenas 50 anos, o Império Inca se tornou um dos mais prósperos da América devido à preferência por construir alianças com outros povos por meio de casamentos – e outras negociações diplomáticas – em vez de simplesmente submeter um grupo ao império à força.

Depois da injeção de cultura pré-colombiana, fomos conhecer o novo chalé, cuja proposta é diferente dos outros. Trata-se de um grande terreno com várias casas completas, cada uma delas com salas de estar e jantar, cozinha e espaço suficiente para uma família inteira se hospedar. Os jardins são repletos de flores e árvores – além de dois cachorros amigáveis.

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Degustação na Cerveceria Dell Valle Sagrado com cada uma das cervejas produzidas na região Foto: Flavia Alemi/ Estadão

À tarde, enquanto o grupo que fez a trilha mais longa não chegava, fomos conhecer uma cervejaria local, a Cerveceria Del Valle Sagrado. Degustamos um pequeno copo de cada um dos tipos produzidos por lá e depois pudemos escolher um pint do que gostamos mais. Mas sem abusos: não é recomendável exagerar no álcool na altitude. Um pouco mais alegres do que quando entramos, voltamos ao chalé para nos prepararmos para o sítio arqueológico de Ollantaytambo no dia seguinte.

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