PUBLICIDADE

Em cena

Por MARCIO CLAESEN e ISTAMBUL
Atualização:

Abrir-se para o novo, sem jogar fora o tradicional. Essa equação, que parece insolúvel para muitos países, hoje é enfrentada pela Turquia. E, a julgar pela visita que fizemos ao país, está sendo bem resolvida. À pujança da megalópole Istambul, que se moderniza a todo momento, se somam as tradições da região da Capadócia. Uma cidade que não para em oposição a uma área que merece ser contemplada sem pressa. Essas duas faces de uma Turquia estimulante vão ganhar espaço no horário nobre da TV brasileira. A partir de segunda-feira, os personagens de Glória Perez vão levar traços da cultura turca para os lares brasileiros na trama de Salve Jorge. A substituta de Avenida Brasil aposta na mistura de danças típicas, roupas coloridas, comidas saborosas e a receptividade do povo do país para manter a audiência e contar belas histórias de amor. Com muitas cenas, claro, gravadas in loco - 600, para ser exato, ao longo de 45 dias. Mesmo com a grande maioria da nação sendo muçulmana, a Turquia é um Estado laico e democrático onde todas as religiões são respeitadas. As mesquitas, claro, aparecem em maior número e suas cúpulas singulares compõem um belo cenário quando se olha as cidades do alto. Se no interior alguns acordam às cinco da manhã para rezar, na cidade grande é por volta desse horário que muitos vão dormir, após aproveitarem tudo o que uma metrópole histórica e apaixonante pode oferecer.Terra que foi invadida incontáveis vezes, pertenceu a grandes impérios - como o de Alexandre, o Grande -, a Turquia fica numa localização estratégica entre a Europa e a Ásia, ao lado do Oriente Médio, e traduz tal característica não só em importância política, mas também num mix de culturas único. Isso, aliás, foi o que seduziu Glória Perez para ambientar ali sua mais nova trama, segundo contou a novelista em entrevista ao Estado. "A Turquia é um país fascinante", disse. Ela tem razão. Ali, o Ocidente e o Oriente nunca estiveram tão perto. Em todos os sentidos.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.