PUBLICIDADE

Em Salvador, muita história e pôr do sol de cartão postal Jogos na cidade

Foto do author Nathalia Molina
Por Nathalia Molina
Atualização:

Orixás flutuam sobre o Dique do Tororó com a Fonte Nova ao fundo. O estádio fica bem no meio da cidade, numa área frequentada por moradores. Quem vive em Salvador costuma caminhar e levar a criançada para brincar e pescar ali. O passeio também atrai turistas, que tiram fotos diante das esculturas dos orixás no espelho d'água.Os visitantes até caminham à margem do Dique do Tororó, mas costumam guardar energia para as coloridas ladeiras do Pelourinho. É mesmo gostoso andar sem rumo pelas ruas de pedra, bisbilhotando lojinhas de roupa e de artesanato. Quando bate a fome, há muitos restaurantes nos sobrados.No Largo do Pelourinho, vê-se a Fundação Casa de Jorge Amado (jorgeamado.org.br), num lindo casarão azul. Da mesma cor, mas do lado oposto do largo, a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos é uma síntese do sincretismo religioso e da diversidade de Salvador. Missas com toque afro são celebradas às 10 horas de domingo e às 18 horas de terça-feira.Declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1985, o Pelourinho reúne igrejas erguidas nos séculos 17 e 18. Entre elas, uma tem de estar no roteiro: Igreja e Convento de São Francisco, no Largo do Cruzeiro. Internamente toda em ouro, a construção impressiona pelos detalhes na igreja e pelas extensas paredes de azulejo do claustro do convento.Bem na foto. A volta pelo Centro Histórico fica completa com o pôr do sol visto do alto do Elevador Lacerda. A luz do fim de tarde realça a Baía de Todos os Santos, enfeitada por barquinhos e pelo Forte São Marcelo, diante do desenho triangular do teto do Mercado Modelo: composição perfeita para uma foto de cartão-postal, com o sol mergulhando no horizonte.Descer (ou subir) pelo Elevador Lacerda também faz parte do programa em Salvador. Inaugurado em 1873, ele liga a Praça Tomé de Souza, na Cidade Alta, à Praça Cayru, no bairro do Comércio. Lá embaixo as cerca de 260 lojas do Mercado Modelo vendem cangas, ímãs, instrumentos musicais e as famosas fitinhas do Bonfim. Por R$ 1, compra-se um amarrado com 14 delas - a mesma quantidade das mais longas sai pelo dobro.Para quem não quer voltar para casa com a fita no pulso, uma alternativa é amarrá-la na grade da Igreja de Nosso Senhor do Bonfim, na frente da famosa escadaria da lavagem.Outro lindo pôr do sol pode ser visto no Farol da Barra. O fim de tarde na área externa da cafeteria é a pedida depois de conhecer o Museu Náutico da Bahia (museunauticodabahia.org.br), instalado na construção. A próxima parada cultural - também com um belo pôr do sol - é o Solar do Unhão. Lá fica o Museu de Arte Moderna da Bahia (www.mam.ba.gov.br), com cinco salas de exposição, sala de cinema e Parque das Esculturas ao ar livre. O acervo conta com obras de Tarsila do Amaral, Emiliano Di Cavalcanti, Cândido Portinari, Rubem Valentim e Efrain Almeida.Mas, para entrar em contato com a cultura de Salvador, é preciso sentir o sabor de um bom acarajé. No bairro do Rio Vermelho, as baianas Cira, Regina e Dinha mantêm deliciosas barracas para quem quer se aventurar no quitute.Salvadorxx

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.