Envolto por brumas, o castelo do Rei Artur

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Por Redação
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São perfeitos os dias nebulosos e de forte ventania para visitar Tintagel, a 1h30 de carro (a melhor opção) de St. Ives. Saltamos no tempo e mergulhamos direto na fantasia. As ruínas deste castelo do século 5.º, encimado por um rochedo que desce abruptamente sobre as ondas de um mar possesso, são o que resta do berço do Rei Artur, segundo a lenda. O local é cenário também do épico Tristão e Isolda, que narra o amor do capitão celta Tristão, nascido na Cornualha, com a princesa Isolda.Desde aquela névoa suspensa que encobre as ruínas, as cambiantes cores que se formam com um natural jogo de luz e sombra, o vento incessante, a grandeza das nuvens criadas pela espuma das ondas que açoitam o penhasco e se embrenham em cavernas, nada ali oferece calma. Ao contrário, tudo compõe uma verdadeira tempestade visual. O bom deste cenário é que o escritor não precisa se preocupar com o fantástico - ele já vem de mão beijada. Para ver com seus próprios olhos, anote: entrada a 6,10 libras (R$ 24); oesta.do/tintagel-castle.Tais imagens foram uma revelação para a escritora americana Marion Z. Bradley, que as tomou para os quatro volumes de seu clássico As Brumas de Avalon. Ali se desenrola a saga de sacerdotisas que, para se esconder da fúria dos romanos e proteger o nascimento do Rei Artur, envolvem a ilha em misteriosas e insondáveis brumas.J.R.R. Tolkien, famoso pela saga de O Senhor dos Anéis, faz menção ao local em poemas, recém-descobertos, à ilha mágica de Avalon, para onde o Rei Artur, mortalmente ferido, teria sido levado. São cenários cuja natureza empresta fascínio à literatura. O roteiro para entrar no clima da Távola Redonda tem seu ápice em Dozmary Pool, um lago na região de Bodmin Moor, onde, segundo a tradição, Sir Bedivere jogou a espada Excalibur a mando do Rei Artur.

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