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Esqui, iogurtes e a opção econômica do chef premiado

A cidadezinha de Megève costuma ser lembrada por franceses e turistas europeus como uma estação de esqui de perfil mais intimista. A 2.400 metros de altitude, com vista para o Mont Blanc e pistas boas para iniciantes por causa da inclinação moderada, recebe 40 mil visitantes a cada temporada. No começo do ano passado, no entanto, Megève virou a cidade do Flocons de Sel (leia abaixo). O restaurante do chef Emmanuel Renaut foi o único na França a receber a cobiçada terceira estrela Michelin em 2012. Virou referência, claro. E chamou atenção para o fato de que a região é um ótimo enclave nos Alpes para comer.O próprio Emmanuel tem um restaurante alternativo (leia-se mais em conta) em uma das ruas de paralelepípedos do centrinho da cidade. No Flocons Village, o menu com entrada, prato e sobremesa sai por uma média de 33 no almoço. Um prato executivo solitário, 19.Quando não está frio, as mesas ao ar livre dos restaurantes do centro são ótima pedida para ver o movimento. Outra opção é caminhar entre as 200 lojas, tudo pertinho. A Aaland alega ter inventado a calça justa de esquiar, a fuseau. Colina acima, depois de uma subida não muito pesada que pode ser vencida em uma charrete alugada na praça central (se você não liga de pagar mico), Le Ferme de Joseph (na Route du Coin) é uma das 45 fazendas de queijo de Megève - ou uma para cada 88 dos 4 mil habitantes, para se ter ideia. O iogurte dali, de textura firme e sabor muito suave, é servido nos melhores restaurantes da região.Também são produzidos sorvetes e as quatro qualidades de queijos mais identificadas com Rhônes-Alpes. Reblochon, gorduroso, de casca dura e doce no final. Tomme, levemente ácido, abondance, de massa dura e frutado, e beaufort, com toque de nozes. E na casa ainda são vendidos embutidos, conservas e geleias. Tudo artesanal. / M.N 

Por MEGÈVE
Atualização:

Flocons de Sel

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O jantar-degustação do chef Emmanuel Renaut, que recebeu a terceira estrela Michelin em 2012, começa em um lounge, com lareira e champanhe.

À mesa, a polenta com trufas negras acompanhava cogumelos colhidos no terreno do restaurante. O espaguete de salsifi, uma raiz mediterrânea, tinha textura quase crocante. Com base de castanhas, o mil-folhas de vegetais é um dos pratos responsáveis pela fama do chef. Peixe do Lago Genebra, ali perto, vitela e cordeiro chegaram em porções nem tão pequenas assim. Tudo servido e comentado por uma equipe tão bem ensaiada que deu vontade de despentear um garçom, só para ver o que aconteceria.

Cinco horas, dois couverts, dez pratos, rodada de sobremesas, quatro vinhos e uma seleção de queijos depois, o próprio Emmanuel, sujeito de olhos claros e língua presa, veio à mesa. Olheiras e cabelo fora do lugar mostravam que ele estava tão extenuado pelo trabalho frenético – que repete dia a dia, e quando não está, o restaurante não abre – quanto eu pela comilança. A experiência custa desde 164 euros.

Além de restaurante, o Flocons de Sel é também um hotel de montanha com chalés charmosíssimos e spa caprichado. A diária custa desde 168 euros. Mais: flocondesel.com.

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