Friozinho na barriga à moda baiana

Resista à tentação de ficar na areia e descubra o lado radical da Praia do Forte

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Por Mônica Cardoso
Atualização:

Tirolesa Outra reserva natural na região, a Sapiranga, permite viver momentos de aventura por terra, água e ar. Para começar, você segue durante 20 minutos por uma trilha cercada de mata atlântica e aproveita para observar espécies da vegetação nativa, como pau-brasil e biribá, cuja madeira é usada para fazer os arcos do berimbau. Micos-estrela vivem nas copas das árvores.

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Um barco a motor cruza o Rio Pojuca até o parque privativo Oka Porang, com opções de ecoturismo. Ali, é possível remar em uma canoa havaiana (R$ 82) e, depois, acelerar os batimentos cardíacos nas duas tirolesas de 16 metros de altura cada. A descida termina em um mergulho nas águas mornas.

Outra opção é começar com as tirolesas e terminar o dia em um passeio de barco, sem esforço, pelo rio - que fica ainda melhor no fim da tarde, quando é possível sentir o vento no rosto e ver o belo pôr do sol. Garantia de boas fotos.

Nas margens, pescadores pegam caranguejos no manguezal. A embarcação chega até a Praia de Itacimirim, onde o Rio Pojuca encontra o mar. Foi lá que, em 1984, o navegador Amyr Klink aportou depois de cruzar o Oceano Atlântico em uma viagem de 100 dias.  

Quando bater a vontade de relaxar, siga para as piscinas naturais da Praia do Forte. São necessários 20 minutos de caminhada entre as pedras para ir às mais famosas: a do Aquário, com 1 metro de profundidade na maré baixa, a do Lord, com 2 metros, e a do Papa-Gente, a mais funda, com até 6 metros.

Bastam máscara e snorkel para observar, entre os recifes de corais, crustáceos, algas, polvos, lagostas e peixes como o sargentinho e o palhaço. E também a moreia, cujo corpo cilíndrico lembra o de uma serpente - inofensiva, no entanto. Bahia Adventure: (0--71) 3626-2720. Passeio à Reserva Imbassaí: R$ 98. Tour na Reserva Sapiranga: R$ 106 Portomar: (0--71) 3676-0101. Snorkeling nas piscinas naturais: R$ 60

Viagem a convite da Turisforte e do Sebrae Bahia  Projeto Tamar Foi nas areias da Praia do Forte que o Projeto Tamar deu seus primeiros passos na preservação das tartarugas marinhas - iniciativa que comemora 30 anos em 2010. Exemplares de quatro espécies de tartarugas encontradas no Brasil vivem em grandes tanques. Durante as atividades interativas o visitante pode alimentá-las e acompanhar a soltura dos filhotes na praia.

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Fique atento às curiosidades contadas pelo instrutor sobre esses animais, que podem viver mais de cem anos e permanecer até cinco horas submersas na água sem respirar.  

Mas não são apenas as tartarugas que fazem sucesso. Nos tanques com arraias e tubarões-lixa também é possível colocar as mãos nos animais. As crianças ainda contam com atividades educacionais como o teatro de fantoches.

O ingresso custa R$ 12. No verão, o centro de visitantes funciona das 8h30 às 18 horas.

Mais informações no telefone: (0--71) 3676-0321.

 

 

Tour em quatro rodas até o castelo medieval

 

 

As ruínas do Castelo Garcia D’Ávila, tido como a única construção medieval das Américas, são uma verdadeira aula de história do Brasil. Que pode muito bem ser combinada com aventura se você for até lá em um quadriciclo.

 

Na primeira parte do trajeto de 8 quilômetros pela Reserva Ecológica da Sapiranga, muitos solavancos em meio à mata atlântica fechada. A trilha atravessa o povoado de Pau Grande, com casebres de pau-a-pique. Pelo caminho, é possível ver mulheres equilibrando latas na cabeça ou lavando a louça em pequenas poças d’água. Na Lagoa Aruá, aproveite para dar um mergulho.

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Siga, então, pela segunda trilha até o castelo. As ruínas conservam a imponência do edifício de três andares com pé direito alto. Óleo de baleia e areia foram usados para dar liga às enormes pedras.

 

O lugar começou a ser erguido em 1551 por Garcia D'Ávila, um almoxarife da Coroa Real, e foi concluído apenas em 1624. Em posição estratégica, no alto da Colina do Tatuapara, o forte protegia o litoral do ataque de holandeses. Das grandes janelas é possível ter uma visão ampla da costa. Aliás, o forte deu o nome ao vilarejo.

 

Para delimitar o latifúndio que ia da Bahia ao Maranhão, Garcia D’Ávila trouxe coqueiros, árvore nativa da Ásia. A planta se espalhou pelo litoral que hoje é conhecido como Costa dos Coqueiros. O passeio dura 2 horas e custa R$ 210 para duas pessoas na Portomar.

Confira pacotes e passagens aéreas para a Praia do Forte

 

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