Glamour nos Alpes: um guia para esquiar e curtir Courchevel

Principal estação de Trois Vallées encanta não só pela qualidade das pistas, mas pelo serviço oferecido fora delas: gastronomia impecável, hotéis de luxo e paisagens de arrasar

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Por Felipe Mortara
É tempo de deslizar sobre esquis, snowboard ou do jeito que for possível Foto: Felipe Mortara/Estadão

COURCHEVEL- O ruído quase incomoda, mas os olhos estão absorvidos pela paisagem. Em um sobrevoo de helicóptero, 400 metros acima do chão, dá para ter uma ideia mais clara do que é a tal “maior área esquiável do planeta”, como cansaremos de ouvir pela região nos próximos dias. Trois Vallées (ou três vales, em bom português) tem um total de 600 quilômetros de pistas. Inclui Méribel, Belville e Courchevel. Essa última é um dos destinos mais chiques e badalados do inverno francês, na qual concentramos nossa visita. 

A temporada de inverno 2016/2017 está para começar na Europa. Nos Alpes, onde ficam os resorts de neve mais procurados por turistas brasileiros

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, vai da primeira semana de dezembro ao comecinho de abril, com pequenas variações que dependem das condições climáticas. 

Durante o sobrevoo, destaca-se no horizonte a imponência do Mont Blanc, pico mais alto dos Alpes com 4.810 metros. Os minúsculos pontos coloridos são esportistas que rabiscam as 328 pistas dos três vales. Para os mais experientes, é possível passar dias esquiando sem repetir um único metro quadrado de pista.

Principiantes também contam com bastante espaço para aprender a deslizar sobre a neve. Um batalhão de mil instrutores, espalhados pelos vários pontos, forma um dos maiores contingentes do mundo. Entre lifts e teleféricos, são 166, que levam a todos os cantos da estação, como o cume de Solire, a 2.738 metros.

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Franceses e turistas do mundo todo se divertem em Courchevel há exatos 70 anos, celebrados neste 2016 – o resort foi inaugurado em 1946. As comemorações continuam durante toda a temporada de inverno, com DJs, queimas de fogos, mostras de arte, cinema e festa de Natal; veja a programação em

bit.ly/courchevel70

 

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A postos para o snowboard ladeira abaixo Foto: Felipe Mortara/Estadão

Estrutura.

A ampla área total de Courchevel está subdividida em seis centros menores, chamados de resorts e distribuídos por altitudes entre 1.100 (Saint Bon) e 1.850 metros (Courchevel). Cada um tem suas próprias opções de hospedagem, em uma lógica fácil de compreender: hotéis e flats mais baratos ficam em lugares mais baixos. Duas pessoas com orçamento econômico podem conseguir um quarto duas-estrelas por 125 euros a diária, mas terão de ficar a uma altitude de 1.100 metros. Orçamentos folgados têm opções que vão até 15 mil euros a diária por um chalé para até 12 pessoas, a 1.850 metros. 

No quesito compras, grifes como Valentino e Hermès mantêm vistosas lojas. Além, claro, de casas especializadas em artigos de esportes de inverno. Estreantes na neve, atenção: é possível alugar botas, esquis, snowboard e bastões, mas não roupas – casaco e calças – impermeáveis. Esses, você terá de levar ou comprar lá mesmo. 

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A sofisticação está presente também na gastronomia. Dos 110 restaurantes, 12 ostentam um total de 18 estrelas Michelin. A maioria deles está instalada dentro de hotéis de luxo, como o festejado

Cheval Blanc

, onde estão o chef Yannick Alléno e seu restaurante Le 1947.

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Com o passe de esqui em mãos, que custa de 60 euros (individual, 1 dia) a 279 euros (3 pessoas, 6 dias), é fácil circular pelos vários pontos da montanha. Para quem já se equilibra e se desloca com os esquis nos pés, a facilidade de locomoção aumenta, já que a maioria dos hotéis e restaurantes de Courchevel é ski in/ski out, o que quer dizer que você vai até a porta de esqui ou já sai do estabelecimento deslizando. 

Chega-se a Courchevel pelos aeroportos de Lyon (185 quilômetros de distância) ou Genebra (140 quilômetros), e segue-se viagem nos ônibus de linha que partem dos dois aeroportos. Com orçamento folgado, em 1 hora de voo você chega de helicóptero, o que vai custar em torno de 2.500 euros – peça indicação no seu hotel. Também há uma pista de pouso para pequenos aviões privados, outro jeito exclusivo de chegar. Já a neve, essa é para todos. 

 

Centrinho de Corchevel Foto: Felipe Mortara/Estadão

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SAIBA MAIS

1. Aéreo:

em janeiro, SP– Genebra–SP desde US$ 984 na

TAP

, US$ 1.019 na

KLM

, US$ 1.089 na

Iberia

e US$ 1.152 na

Swiss

. Outra opção, SP–Lyon– SP, desde US$ 1.064 na Iberia e US$ 1.113 na TAP.

2. Transfer:

de ambos os aeroportos a Courchevel, transfer em van de ida e volta, 400 euros para até 8 pessoas:

supershuttle.fr

. De ônibus, 144 euros por pessoa:

altibus.com

.

*O repórter viajou a convite de Courchevel Tourisme.

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