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Goiás além da Chapada: atrações alternativas para quem gosta de natureza

Além da já famosa Chapada dos Veadeiros, o Estado está repleto de atrações pouco conhecidas para quem gosta de cachoeira, trilhas e um gostinho de aventura. E os preços compensam...

Por Sarah Teófilo 
Atualização:
Parque Estadual Terra Ronca, em São Domingos Foto: Valdir Araújo/Goiás Turismo

A natureza foi pródiga em Goiás. Vide as cachoeiras e trilhas dos parques nacionais Chapada dos Veadeiros (a 3h30 de Brasília) e do Parque Nacional das Emas (no extremo sul do Estado), dois ícones de turismo no Brasil. Em ambos, é possível observar a vegetação do cerrado e cenários muito particulares – caso das formações do Vale da Lua, na região da Chapada. Mas há outras rotas, menos conhecidas, que combinam aventura, contemplação e belas paisagens – muitas vezes, com preços bem atraentes.

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A menos de 2 horas de Brasília, Formosa e Corumbá de Goiás se destacam por suas cachoeiras. Mais distantes, São Domingos (quase na divisa com a Bahia e o Tocantins, a 6 horas da capital do País) e Mambaí (a 4 horas) estão repletas de cavernas. São cinco abertas ao turismo em São Domingos e outras cinco em Mambaí, que ainda combina belas cachoeiras entre seus atrativos.

Que tal se aventurar por essas alternativas menos conhecidas? A gente indica os caminhos.

CORUMBÁ Vizinho de peso

O forte dessa cidade, localizada na região dos Pirineus, a 130 quilômetros de Brasília, são as cachoeiras. Concentradas em uma área privada, dentro do Salto Corumbá Camping Clube Hotel, as quedas d’água têm acesso fácil – a mais distante é a do Rasgão, a 2 quilômetros da sede da pousada (não hóspedes pagam R$ 38 de entrada).

Para sentir um friozinho na barriga há opções de rapel, tirolesa e boia cross no Rio Corumbá. À noite, para quem preferir um pouco mais de agito, é bom dar um pulo em Pirenópolis, a apenas 20 quilômetros dali. O centro histórico, de ruas de pedra e casario colonial, é repleto de bares e restaurantes, que lotam no fim de semana. Leia mais:

bit.ly/viapirenopolis

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Outra esticada possível é para Cocalzinho de Goiás, também distante apenas 20 quilômetros de Corumbá de Goiás. A atração é a Gruta dos Ecos, uma caverna com salões, rochas e um gigantesco lago subterrâneo.

Onde ficar:

Hotel Fazenda Paraíso dos Sonhos

, R$ 380 o casal, com pensão completa. Tem tirolesa e rapel (R$ 25 cada);

Salto Corumbá Camping Clube Hotel

: R$ 295 o casal, com café da manhã e acesso ao clube.


Formosa: Salto do Itiquira Foto: Silvio Quirino/Goiás Turismo

FORMOSA Saltos espetaculares

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A 83 quilômetros de Brasília, a cidade de 100 mil habitantes tem atrações para mais que um fim de semana. A começar pelo Parque Municipal do Itiquira, onde o Salto do Itiquira se impõe, com seus 168 metros de altura. Vá pela manhã, quando as gotículas de água formam um arco-íris na base do salto.

Para chegar à queda d’água há uma trilha leve, pavimentada e com 450 metros de extensão, bem acessível. Já para o mirante do Salto, o cenário é outro: uma trilha de 1,5 quilômetro, desbravada em cerca de 2 horas, com grau de dificuldade média. Quem acha pouco pode estender a caminhada até o Parque Ecológico de Indaiá, 5,5 quilômetros a pé. Ali, dá para visitar a cachoeira do Indaiá e fazer um rapel na Véu da Noiva.A trilha mais difícil da região é a da Cachoeira da Água Fria. Segundo explica o guia Leonardo Amado, é preciso sair por volta das 6 horas, para chegar no local às 11 horas e pegar o sol batendo sobre a água transparente.

Mas emoção mesmo é no Buraco das Araras (que, aliás, já não tem tantas araras assim). Depois de descer a dolina em um rapel de 60 metros, um rio de águas cristalinas espera para refrescar os visitantes. O passeio custa de R$ 90 a R$ 110.

Quem leva:

guia Leonardo Amado (61-99848-5938);

Itakamã Turismo

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Onde ficar:

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Sofisticatto Park Hotel

: quarto para casal de R$ 200 a R$ 220, com café e ar condicionado.

SÃO DOMINGOS Beleza no subterrãneo

É no município de 11 mil habitantes que se concentra a maior parte do Parque Estadual Terra Ronca, onde estão pelo menos 270 cavernas catalogadas. Só cinco delas estão abertas ao turismo. A Terra Ronca 1, por exemplo, é conhecida por seu enorme pórtico de 96 metros de altura e pela grandeza de seus salões.

É possível escolher entre trilhas fáceis e difíceis. A Gruta da Angélica é a maior da região e a quinta maior do País, com 14 quilômetros de extensão. No seu interior, os visitantes passam por pelo menos 10 grandes salões, como o dos Tubarões, que lembra uma boca de dentes afiados.

O parque não é só cavernas. É possível visitar as cachoeiras das Palmeiras e de São Bernardo, e ter uma bela vista da cidade a partir do Morro do Moleque. A caminhada de 2 horas é tranquila. Os passeios são interrompidos no período de chuvas e voltam após o carnaval. A entrada nas cavernas custa de R$ 2 a R$ 5, sem guia.

Quem leva:

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Terra Ronca Adventure (62-99639-5136);

Travessia Ecoturismo

; Itakamã Turismo.

Hotéis:

Pousada São Mateus

(no parque): R$ 110 por pessoa, meia pensão; Hotel Araújo (62-3425-1223): R$ 80 o casal, com ar-condicionado.


Cachoeira do Funil Foto: Ion David/Travessia Ecoturismo

NAMBAÍ Com emoção

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O caminho para chegar a Mambaí, a 314 quilômetros de Brasília, passa por Formosa – ou seja, dá para combinar as duas cidades em uma mesma viagem. Não dá para negar a alma aventureira de Mambaí – a começar pela impressionante Tirolesa do Penhasco, a 102 metros de altura e com 320 metros de extensão.

A cidade também conta com um conjunto expressivo de cavernas, mas apenas cinco são liberadas para o turismo. Do alto da tirolesa, avista-se a Lapa do Penhasco. E para chegar à Cachoeira do Funil é preciso atravessar uma caverna de 500 metros de extensão. Já a Caverna Grande, com uma travessia de fácil acesso, de menos de 2 quilômetros, se destaca pelo salão de 300 metros de comprimento e 30 metros de altura. Mas difícil mesmo é a Caverna do Borá, que exige rapel em duas cachoeiras para seguir na trilha. São apenas 1,2 quilômetro de extensão, mas obstáculos (e cenários) de perder o fôlego.

Para acessar os pontos turísticos do município, é exigida a presença de guia. A determinação é de uma lei municipal, como explica o secretário de Turismo, Emílio Calvo, dono Cerrado Aventura. Na cidade há apenas mais uma agência, a Mambaí Adventure.

Quem leva:

Mambaí Adventure: 62-99978-5979; Cerrado Aventura: 61-99840-1629.

Onde ficar:

APM Hotel (62-99667-5959): R$ 100 o casal, com café; Pousada Cerrado (62- 99920-0439): R$ 120 o casal, com café.

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Mapa mostra o roteiro por Goiás Foto: Vitor Araújo/Goiás Turismo
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