PUBLICIDADE

Herança colonial com aroma de café

Fazenda do Pinhal: turismo com visitas guiadas

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Atrás da imponente portaria surge uma casa grande marcada por uma fileira de janelas coloniais azuis perfeitamente retangulares na fachada. Herança de um tempo em que as economias do açúcar e do café movimentavam e levavam prosperidade ao interior do Estado de São Paulo. E proporcionavam a formação de um acervo de móveis, senzalas, capelas, terreiros e engenhos.

 

PUBLICIDADE

Uma das fazendas mais representativas daquele período, entre os séculos 18 e 19, reabriu suas portas aos visitantes. Localizada na área rural de São Carlos, a 237 quilômetros da capital, a Fazenda do Pinhal foi pousada com 14 quartos até janeiro do ano passado. Mas, por ser tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), as acomodações foram fechadas aos hóspedes, com objetivo de facilitar a preservação das características originais da propriedade.

 

Hoje administrada pela Associação Pró Casa do Pinhal e transformada em museu, seus móveis e utensílios do século 19 podem ser novamente admirados pelos turistas em um programa de visitas guiadas que será oferecido até 31 de março – o período poderá ser estendido.

 

Com as devidas explicações históricas, os monitores mostram as áreas externas, como os terreiros de café e o pomar, e os cômodos da casa-sede. O visitante descobre que as casas construídas no período açucareiro não tinham varandas nem jardim externo para evitar que estranhos vissem as mulheres da família e que elas tivessem contato com os escravos. Assim, espaços de uso coletivo, como a capela, são internos. E existe uma ala separada para os hóspedes, com sala de estar e um quarto, sem comunicação com o restante da casa.

 

A fazenda pertenceu a Antonio Carlos de Arruda Botelho, o Conde do Pinhal, um dos principais acionistas da Rodovia Rio-clarense. Sua história está ligada à criação do município de São Carlos.

 

Na propriedade ocorrem também cursos nas áreas de museologia e conservação do patrimônio histórico, além de atividades educativas. Visitas escolares, aliás, não são cobradas.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.