Intercâmbio: escolha um com a sua cara

Para quem tem mais de 50 anos ou para adolescentes, para turbinar a carreira ou ir com a família: é possível encontrar um curso no exterior que combine exatamente com o seu perfil

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Por Adriana Moreira
3 min de leitura
Cidade do Cabo: ótimo custo-benefício para cursos de inglês no exterior Foto: Mônica Nobrega/Estadão

Foi-se o tempo em que estudar no exterior era algo para adolescentes, que iam aos Estados Unidos nos programas de high school ou au pair. De alguns anos para cá, os programas de intercâmbio se diversificaram para se adequar às necessidades de um público cada vez mais heterogêneo - e de uma economia repleta de desafios.

Depois de um 2016 difícil, 2017 começou com um crescimento de 7% a 10% no setor em relação ao primeiro trimestre do ano passado, segundo dados da Associação de Agências de Intercâmbio (Belta). “O ano de 2016 não foi difícil apenas para o Brasil. Outros países emergentes, como a Rússia, também tiveram retração”, explica Maura Leão, presidente da entidade. “Neste ano estamos mais otimistas.” A meta, segundo ela, é ultrapassar a marca de 220 mil intercambistas que viajaram em 2015.

Se você faz parte desse grupo que está em busca de um curso no exterior, saiba que não é difícil achar um programa que atenda a seus objetivos. “Hoje há cursos de todos os tipos. Programas específicos para pessoas com mais de 50 anos, para crianças, para universitários”, conta Maura. 

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Para encontrar algo que combine com você, planejamento e pesquisa são as palavras-chave. Quem está em busca de economia não deve escolher logo de cara o programa mais barato - há diversas variáveis que podem encarecer o valor final do curso, como o custo de vida na cidade escolhida, por exemplo. Nesse sentido, Maura recomenda os programas de estudo na África do Sul. “A Cidade do Cabo tem ótimas escolas, com cursos mais baratos do que em São Paulo”, afirma.

Outro destino que vem conquistando cada vez mais brasileiros é Malta, país no Mediterrâneo de língua inglesa e boas escolas de idioma. No entanto, de acordo com a Belta, é o Canadá que leva mais brasileiros para estudar no exterior, seguido de perto pelos Estados Unidos. 

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A maior parte das escolas tem turmas começando todas as segundas-feiras, o ano todo Foto: EF Intercâmbio

Fora do tradicional. Segundo Maura, houve um aumento expressivo de programas diferenciados, como o de ensino médio na Alemanha ou na França. “A Alemanha tem muitas possibilidades de cursos de nível superior que exigem o domínio do alemão, e os programas de ensino médio ajudam a preparar o estudante”, explica.  Para o espanhol, a Argentina é a primeira escolha por reunir bom preço e proximidade. “Mas muita gente ainda busca a Espanha”, diz a presidente da Belta. E como intercâmbio não é apenas estudo, mas também desbravar um destino, que tal aprender espanhol na Costa Rica ou em Cuzco, no Peru, porta de entrada para Machu Picchu? As possibilidades são infinitas.

FIQUE ATENTOEstudar e trabalhar Alguns destinos permitem que o estudante trabalhe durante o curso, mas há regras específicas em cada país. Na Austrália e Nova Zelândia, a permissão é dada em cursos com mais de três meses; na Irlanda, a partir de seis meses.

Custo de vida Cidades grandes são mais caras e exigem deslocamentos maiores. Em países como EUA e Inglaterra, as do interior são mais baratas.

Acomodação  Casa de família costuma incluir uma ou mais refeições e ser mais em conta do que alojamento estudantil.

Seguro Não esqueça o seguro. Ele garante que você terá atendimento em caso de emergência, sem precisar arcar  com custos extras. A maioria das escolas oferece opções para o estudante; outras opções: Easy, Mondial, Assist Card 

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