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Itália com idosos

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Foto do author Adriana Moreira
Por Adriana Moreira
Atualização:
Veneza está a 3 horas de Roma Foto: Manuel Silvestrini/Reuters

“Minha mãe é saudável, tem boa locomoção, porém condizente com seus 85 anos. Quero levá-la à Itália em outubro e gostaria de dicas, de maneira que não precise andar muito a pé, pois ela não vai conseguir. Não gosto de excursão, acredito que engessa a viagem.” Maria Helena

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Você não diz quantos dias terá nem que região da Itália pretende visitar, mas, de qualquer forma, o ideal é fazer uma programação leve, para que haja bastante tempo para ela apreciar não só os pontos turísticos, mas os grandes prazeres de uma viagem: descansar num parque, sentar num café, dormir até mais tarde. Em outubro, Roma tem temperaturas entre 24 e 13 graus, o que não é nada mau. 

Viaje leve e invista em malas de quatro rodinhas. Comprar um chip local para ter internet à vontade e poder planejar passeios e deslocamentos é importante. Abaixo, uma lista para você se atentar na hora de fazer as reservas:

Aéreo.

Para o conforto de sua mãe, invista um pouco mais no aéreo. Escolha um voo sem escalas – direto a Roma, pela Alitalia (que, apesar dos problemas financeiros, segue em operação), e a Milão, pela Latam. Ao menos para ela, reserve um assento comfort, com mais espaço para esticar as pernas. É importante caminhar durante o voo para ativar a circulação – pergunte ao médico sobre a necessidade de meias de compressão. Na mala de mão, não esqueça de colocar os remédios de uso contínuo e um casaco para o voo, que costuma ser frio por causa do ar condicionado. 

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Você diz que sua mãe não tem dificuldades para andar, mas se achar que ela não vai aguentar as longas caminhadas dentro do aeroporto, avise a empresa aérea na reserva que você estará com uma pessoa com locomoção reduzida – assim, uma cadeira de rodas será colocada à disposição. Lembre-se que pode haver filas na imigração e a cadeira será, com o perdão do trocadilho, uma mão na roda para uma pessoa idosa. Um táxi do aeroporto para o centro de Roma custa 48 euros e será a melhor opção para vocês.

Hotel.

Especialmente na Europa, há muitos hotéis antigos, cheios de escadas. Vai reservar pela internet? Sites como Booking.com, Hoteis.com, TripAdvisor ou Airbnb têm resenhas de quem se hospedou no local – verifique se há menções sobre degraus (muitas vezes, não mencionados pelos proprietários propositalmente). O banheiro é outra preocupação: chuveiro sobre a banheira é comum. Localização será fundamental para evitar caminhadas. Compare o horário da chegada do voo com o da entrada no hotel – se preciso, pague por um early check-in. 

Saúde.

Fazer uma consulta ao médico antes da viagem é importante. Peça a ele uma receita traduzida dos remédios, que pode ser útil tanto em uma possível inspeção na imigração quanto no caso de imprevistos. Indispensável fazer seguro-saúde, para ela e para você, antes de ir. 

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Roteiro.

A Itália é bem servida de linhas de trem. Mesmo com sua mãe sendo idosa, eu só alugaria carro se tivesse um destino específico em mente (como percorrer os vilarejos da Toscana, por exemplo). Em Roma, nem pensar: o trânsito da cidade não é para amadores. Além disso, trata-se de uma capital compacta, com transporte público eficiente para os pontos turísticos – e táxis à mão, se achar mais conveniente. De Roma, vocês ainda podem seguir de trem para Florença, a 1h15 de distância, e usar a cidade como base para explorar a Toscana. Para Veneza, são 3 horas (pesquise em

trenitalia.com

). 

Embora você não queira excursão, considere fazer ao menos alguns passeios com agências de viagens, que podem ajudar bastante na questão do deslocamento. Em muitos pontos turísticos, como o Coliseu, um guia fará toda a diferença. O site

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guiabrasileiraemroma.com.br

coloca à disposição vários que falam português no país. Em Roma, há ônibus (e barcos) hop on/hop off, que levam aos principais pontos da cidade – você desce e sobe quando quiser.

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