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Lista de Patrimônios Imateriais da Unesco ganha mais 19 integrantes

Agora são 232 itens de 70 países a representar a arte e a tradição com status de relíquia

Por Viagem - O Estado de S. Paulo
Atualização:

O que tradições tão diferentes quanto marionetes de sombra chinesas, fado português e o taekkyon, luta marcial coreana, podem ter em comum? Desde a semana passada, eles integram a lista de Patrimônios Imateriais da Unesco, ao lado de outros 16 itens – agora, são 232 patrimônios em 70 países. Descubra um pouco sobre sete dos escolhidos.

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Nas sombras. Diz a lenda que, depois da morte da concubina favorita do imperador Wu Han, há mais de 2 mil anos, ele perdeu a vontade de governar. Até que um de seus assistentes a fez “voltar à vida”, criando, em couro, uma figura de contorno semelhante ao da amada. Toda articulada e colorida, ela se movia atrás de uma cortina sob a luz de uma lamparina – como ocorre até hoje. A arte passou a entreter políticos e, com o passar dos anos, tornou-se bastante popular. É comum haver acompanhamento de instrumentos musicais – que podem até ser “tocados” pelas marionetes. A arte da manipulação geralmente é passada de pai para filho.

Melancolia portuguesa. Não dá para visitar Lisboa e não ouvir fado – nem que seja por acaso, na trilha sonora de um restaurante ou no rádio do taxista. O ritmo, que nasceu nos bairros populares da capital portuguesa, é a trilha sonora perfeita para um passeio pelos principais pontos turísticos e, segundo a Unesco, retrata a identidade cultural local. Basta uma volta por Alfama, o bairro mais antigo, para se deparar com várias casas de fado.

Capoeira coreana. Movimentos de dança, combinados com giros rápidos e voadoras caracterizam o taekkyeon, tradicional arte marcial coreana. A impressão é que movimentos de capoeira foram combinados ao tai chi chuan, com momentos de calmaria e explosão entre os oponentes.

No ritmo do sombreiro. Do som do trompete ao sombreiro, das indumentárias características à animação dos integrantes, os mariachis estão, sem dúvida, entre os maiores representantes da cultura mexicana. Eles podem ser encontrados em quase todos os tipos de festividade, como casamentos, aniversários e até em apresentações nos cemitérios, comumente realizadas nas celebrações do Dia dos Mortos, em 1.º de novembro. Uma vez no México, você fatalmente vai se deparar com um grupo deles.

Torres humanas. Todos os anos, a cidade catalã de Algemesí, na Espanha, para nos dias 7 e 8 de agosto em razão das festividades de Nossa Senhora da Saúde. A comemoração, contudo, vai além das tradicionais procissões. Grupos compostos por pessoas de todas as idades competem para formar a torre humana mais alta, em um espetáculo de força, destreza e concentração. Há ainda apresentações de danças folclóricas diversas. Em comemoração à escolha da Unesco, a cidade vai repetir as festividades mais uma vez, nesta quinta-feira.

Peregrinação andina. Cinquenta e oito dias depois da Páscoa, moradores de povoados espalhados por diversas partes dos Andes seguem a pé rumo ao Santuário do Senhor de Qoyllurit’i, localizado em uma zona montanhosa do distrito de Ocongate, em Cuzco. Mais de 80 mil pessoas participam da celebração, repleta de danças tradicionais e sincretismo religioso.

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Dança para a plantação. Para que a colheita do arroz seja próspera, a cidade de Mibu, em Hiroshima, Japão, realiza o ritual Mibu no Hana Taue. A celebração ocorre sempre no primeiro domingo de junho – um campo de arroz é reservado para o festejo, repleto de danças típicas. 

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