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Montanha mágica

Descubra por que Telluride, no Colorado, é o novo hit no mundo do esqui

Por Felipe Machado
Atualização:

Quem anda pelas ruas de Telluride, no Colorado, tem a impressão de que está em um filme de faroeste. E que a tranquila caminhada pode ser interrompida a qualquer momento por um duelo de caubóis no meio da pequena avenida principal.

 

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Esse tipo de disputa era bastante comum no início do século 20, quando as minas atraíam aventureiros em busca de ouro e de outros metais preciosos. Hoje, porém, os duelos não têm nenhum resquício da violência do Velho Oeste: eles acontecem apenas em esquis e snowboards, que deslizam em velocidade pelas montanhas brancas de neve macia e perfeita.

 

Muitos que sobrevoam a pequena Telluride devem imaginar que o pequeno e perfeito retângulo cravado no pé das Montanhas Rochosas não passa de uma cidade de brinquedo. Mas, aqui, o esqui é realmente levado a sério: Telluride esconde um dos maiores (e melhores) segredos do inverno americano. Sua estação de esqui, uma das mais glamourosas e exclusivas dos Estados Unidos, começa aos poucos a ser descoberta pelos turistas brasileiros.

 

Os esquiadores americanos não só invadiram a estação há um bom tempo, como em 2008 a apontaram como a 4º melhor do país em pesquisa realizada pela revista Ski Magazine – de acordo com esse ranking, Aspen está em 7º e Whistler Blackcomb, no Canadá, é a campeã. Já na lista da revista Condé Nast Traveler, Telluride é a segunda melhor do país.

 

A cidade está se tornando um destino cada vez mais procurado por esquiadores que querem fugir do agito de Aspen e de Vail. Além disso, a estação tem uma das vistas mais bonitas dos Estados Unidos: do alto das montanhas é possível ver o Estado de Utah, outro paraíso de montanhas brancas de neve.

 

Há, ainda, outra vantagem em relação às estações mais frequentadas pelos brasileiros. As pistas nos Estados Unidos são classificadas pelas cores verde (iniciantes), azul (intermediários) e preta (experts). Em Telluride, porém, para cada cor há um sistema de classificação simples ou duplo, dependendo da dificuldade de cada descida. Há verdes simples e duplas, azuis simples e duplas, pretas simples e duplas.

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E há, ainda, as que recebem apenas um ‘X’, sem cor nenhuma. Se você não tiver uma medalha olímpica guardada no armário, nem pense em descer numa pista dessas.

 

APRÈS-SKI

 

Como toda estação de alto nível, Telluride tem boas opções de bares e restaurantes para o tradicional après-ski, a happy hour dos esquiadores: depois do "trabalho", geralmente às 16 horas, quando as pistas começam a fechar, os esportistas se reúnem para comer e beber em estabelecimentos no pé da montanha.

 

O mais novo point é o Hop Garden, com sopas, pizzas, hambúrgueres e vários tipos de cerveja no cardápio. O mais frequentado pelos jovens e radicais é o X Cafe. Mas o título de popularidade fica mesmo com o Gorrono Ranch, que brinda os visitantes com uma incrível vista das pistas e shows do mais puro rock clássico, que esquentam o público até o pôr-do-sol.

 

Quem prefere um après-ski mais sofisticado deve experimentar o exclusivo sushi & wine do recém-inaugurado Hotel Lumière, na base da montanha.

O bar mais tradicional da cidade, porém, não fica na montanha: o New Sheridan Bar, no Hotel Sheridan, é uma das poucas opções de balada em Telluride e, na temporada, fica lotado de turistas que disputam cervejas europeias no balcão e vagas nas mesas de sinuca.

 

A estação de esqui vai de novembro a abril, mas a diversão continua quando a neve derrete: o verão de Telluride tem uma série de atrações como festivais de música e cinema, e as pistas que eram branquinhas no inverno viram o paraíso dos mountain bikers e cavaleiros.

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CLIMA INTIMISTA

 

Ao contrário de Aspen e Vail, Telluride não tem baladas de música eletrônica ou shopping centers repletos de grifes milionárias. A pequena cidade de 2 mil habitantes mantém um clima intimista que conquista pela simpatia.

 

Há, inclusive, uma lenda que diz que em Telluride não existem sobrenomes, já que a maioria das pessoas dali se trata pelo primeiro nome, ao contrário do costume americano. Quando se vê os moradores cumprimentando os amigos na rua, descobre-se que a história está longe de ser uma lenda. Decididamente, os duelos do Velho Oeste ficaram para trás.

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