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No ar e na terra, o versátil snowkite

O esporte radical mais dinâmico da neve, inspirado no kitesurfe, agora divide espaço com o esqui e o snowboard

Por Lucas Frasão
Atualização:

Misture o esqui e o snowboard com a pipa do kitesurfe. Jogue uma pitada de vento e não esqueça da adrenalina. Eis a receita do mais versátil entre os esportes radicais de neve. Diferente de modalidades consagradas nas estações de esqui, o snowkite desafia a gravidade e permite aos especialistas descer montanhas nevadas a toda velocidade. E, depois, subir, ainda deslizando. Basta ter um pouco de vento, direcionar a vela e se deixar levar. O esporte já encantou craques do kitesurfe brasileiro, como o carioca Reno Romeu, atual campeão nacional na categoria freestyle. "Você escorrega muito mais do que na água, mas pode ir aonde quiser", diz. Para Carol Freitas, tetracampeã brasileira de kitesurfe, difícil mesmo é ficar longe da praia ao "velejar" na neve. Afinal, é preciso trocar o biquíni por um arsenal de roupas, por causa do frio intenso. "Chega a me dar claustrofobia", diz. "Mas o visual compensa." Outra vantagem do esporte é o vôo. A vela pode ser usada como um parapente, permitindo ao esportista planar por alguns minutos - algo inimaginável no kite tradicional. "Em uma área de vale, dá para chegar a 100 metros de altura", diz Luis Roberto de Moraes, o Formiga, aventureiro de carteirinha e apresentador do programa X-Treme TV da ESPN Brasil. Ele conheceu o snowkite em 2002, em Ushuaia, na Argentina, quando o esporte era mais arriscado. "A tecnologia avançou e, hoje, o equipamento é mais seguro", afirma. Para evitar riscos, os iniciantes devem ficar longe de morros e de estações de esqui. Afinal, fios de kite não combinam com cabos de teleféricos. Expedições O snowkite é um esporte jovem. Nasceu em meados dos anos 1990 e ganhou uma associação internacional (www.snowkite.org) apenas em 2004. Chegou oficialmente ao Brasil no início do ano passado, quando foi criado o Conselho de Snowkite na Associação Brasileira de Kitesurfe (www.abk.com.br). Responsável pelo conselho, Guilherme Rosa, de 32 anos, é craque na neve. Integrou a seleção nacional de esqui, mas deixou de ser atleta profissional e organizou o primeiro campeonato brasileiro de snowkite, não-oficial, em 2006. Rosa também organiza viagens especializadas pela Kitetrip (parceira da Monreal), desde que os interessados tenham equipamento e alguma experiência. São apenas duas saídas por ano: uma para o Chile e outra para os Estados Unidos. O pacote da próxima - para os EUA, em janeiro - custa a partir de US$ 2.522 por pessoa. Kitetrip: (0--11)3755-0500; www.kitetrip.com.br 

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