No inverno do Hemisfério Norte, ondas gigantescas chegam a esse trecho de Oahu que se estende por sete milhas, para a alegria dos surfistas. Em dias de campeonato, não há onde estacionar os carros – há quem passe a noite dentro deles para garantir uma vaga e o direito de acompanhar tudo da areia, já que hotéis não são exatamente o forte dessa área de Honolulu.
O verão, contudo, traz uma outra atmosfera a Pipeline e Waimea. Crianças arriscam seus primeiros movimentos sobre uma prancha de surfe. O mar é refrescante e irresistível – mas ainda pode ser traiçoeiro. Os salva-vidas monitoram correntes mais fortes e avisam os banhistas, mesmo nos dias de calma aparente.
Apesar da fama, a área tem poucas opções de serviços. Haleiwa, que dá as boas-vindas a North Shore, tem algumas lojas e casas de madeira, daquelas que se vê nos filmes de surfe. Ali, faça uma pausa na Matsumoto Shaved Ice, o precursor das típicas raspadinhas coloridas que você vai ver por toda ilha.
A oferta de hospedagem também é pequena – um dos poucos ali é o refinado Turtle Bay (turrtlebayresort.com; diária a partir de US$ 260, para dois), frequentado por atletas de ponta e com vista para o mar de todos os apartamentos. Para quem tem orçamento limitado, há ainda menos opções, que lotam rapidamente. Até mesmo o site AirBnb.com, que aluga quartos e casas inteiras pelo mundo, tem poucas ofertas na região.
Essa ausência de serviços ajudou a proliferar em North Shore o fenômeno dos food trucks, com uma grande variedade de pratos para alimentar surfistas e afins. A maioria se concentra em Sharks Cove, uma área cheia de piscinas naturais que só deve ser explorada em dias de mar calmo. O Giovanni’s Shrimp Truck é o mais famoso – e com as maiores filas.
Para ir a North Shore a partir de Waikiki, será preciso alugar um carro ou scooter (ambos a partir de US$ 20 a diária, em média). Esqueça os ônibus de linha: a viagem leva aproximadamente três horas, com infindáveis paradas no caminho.