O guia das estações de esqui da América do Sul

Bariloche, Valle Nevado, Las Leñas e outras: confira as novidades da temporada 2017 e veja qual combina com você

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Por Adriana Moreira
Atualização:
Teleférico em Valle Nevado, estação a 1h30 de Santiago, no Chile Foto: Adriana Moreira/Estadão

Do lado de fora, a paisagem branquinha, forrada de neve, poderia ser um convite para aproveitar o ambiente quentinho do hotel. Mas, uma vez em uma estação de esqui, neve é tudo o que se deseja: um sinal para colocar os trajes apropriados e deslizar montanha abaixo.

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Falta pouco para os esquis e snowboards começarem a riscar a neve nas estações da América do Sul. Embora o inverno comece em 21 de junho, cada estação tem sua data oficial de abertura de temporada, normalmente ditada pela previsão de neve farta entre as montanhas. 

Encontrar a estação que combine com seu perfil de viajante (iniciante ou expert, em busca de romantismo, entretenimento em família ou diversão entre amigos) é fundamental para aproveitar a experiência como se deve.  Nunca esquiou? Há quem prefira um destino com muitas opções para não ficar dependente de esqui, mas Frederico Levy, sócio da operadora especializada em neve Interpoint, é contra. “É preciso ter a experiência total e ficar num hotel com acesso direto às pistas”, recomenda. “E fazer aulas.”

Já Eduardo Gaz, da operadora Ski Brasil, não acha que esquiar seja o programa ideal para uma lua de mel de iniciantes no esporte. Por isso, recomenda para este fim estações mais charmosas, com opções variadas de serviços, como Bariloche, Chapelco e Villa La Angostura, na Argentina. 

Bariloche, na Argentina, ganhou há anos a preferência dos brasileiros por algumas razões simples. Em primeiro lugar, não é preciso gostar de esquiar para se divertir por lá. A variedade de atrações vai muito além de se equilibrar com pranchas nos pés – há bons hotéis e restaurantes e passeios para famílias, casais, amigos. De quebra, na alta temporada operam voos diretos Brasil-Bariloche (este ano, Azul e Latam anunciaram frequências), o que justifica o apelido “Brasiloche”. Este ano, são esperados cerca de 30 mil brasileiros.

Latam e Azul terão voos diretos para Bariloche nesta temporada Foto: Emprotur Argentina

Coladinha em Santiago, Valle Nevado, no Chile, também recebe muitos brasileiros na temporada pela praticidade: da capital até lá, são 63 quilômetros e 1h30 ziguezagueando pela Cordilheira dos Andes. Atenção na subida, tanto pela beleza do cenário quanto pelas curvas fechadas, que botam à prova os estômagos mais sensíveis.

Prepare o cachecol, o gorro, as luvinhas: se você está procurando uma estação não visitada, ou talvez com um perfil determinado, não se preocupe. Nas próximas páginas, preparamos um raio X dos principais centros de esqui do Chile e da Argentina para você escolher a que melhor se encaixa em seu plano de férias. 

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TIRA-DÚVIDAS

1. Vista-se em camadas  Apesar da neve constante e das temperaturas negativas, você pode sentir calor praticando esportes e atividades na neve, especialmente em dias ensolarados. Vestir-se em camadas é fundamental para ficar confortável. Quer fazer uma mala de inverno prática? A gente ensina aqui.

2. Proteja as extremidades do corpo  Aqueça bem a cabeça, mãos (prefira luvas impermeáveis), pescoço e pés (use meias térmicas). Prefira calçados impermeáveis e com sola antiderrapante – salto alto é certeza de tombos espetaculares. Não esqueça dos óculos escuros: o brilho do sol na neve causa desconforto e prejudica a visão.

3. Preciso mesmo fazer aulas? Se você nunca pisou sobre um esqui ou uma prancha de snowboard, precisa. O instrutor dá dicas até sobre como cair direito (e se levantar depois). Quanto mais aulas você fizer, mais são as chances de se divertir e experimentar as pistas (mesmo que as de inciantes).

Crianças aprendem a esquiar em Las Leñas Foto: Departamento de prensa de Las Lenãs

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4. Comprar ou alugar?  Compre assessórios (luvas, gorros, meias) e pese o custo-benefício entre alugar e comprar o traje – se for alugar por um longo período, pode valer mais a pena comprar. Não abra mão da qualidade pelo preço: roupas impermeáveis e quentinhas farão diferença em sua experiência. Quanto aos equipamentos de esqui e snowboard, alugue nas próprias estações.

5. Protetor solar, sim A combinação frio, sol e neve pede que você reaplique o protetor solar o tempo todo. Tenha um sempre à mão para retocar quando necessário. Não esqueça o protetor labial com fator de proteção solar. 

6. Dinheiro Em Bariloche, dá para usar reais em muitos lugares (R$ 1 vale 5 pesos na estação). Nas estações do Chile, não – você consegue trocar dinheiro nos aeroportos, embora a cotação não seja exatamente favorável. Faça as contas antes de embarcar. Lembre-se que a Argentina aprovou a isenção do IVA para estrangeiros, em compras com o cartão de crédito – usando o seu, terá 21% de desconto no pagamento do hotel. Nem é preciso sofrer por causa do IOF de 6,38% descontado por lei em operações em cartão de crédito fora do Brasil. Fique atento para receber seu desconto.

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Dica do especialista: Para Frederico Levy, sócio da operadora Interpoint, o ideal é evitar ir muito no começo da temporada. “No fim de julho, começo de agosto a probabilidade de encontrar boa neve e pistas operando é maior.”

Dica do especialista: Eduardo Gaz, da Ski Brasil, recomenda para experts o programa de heliski saindo do sofisticado hotel W, de Santiago. “Você esquia o dia inteiro, se hospeda em um ótimo hotel e tem toda a opção de restaurantes de Santiago.”

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