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Oásis cultural no centro financeiro

Por ANA e GASSTON
Atualização:

Ao se avistar as torres de concreto do Barbican Center (barbican.org.uk) pela primeira vez, a reação espontânea é torcer o nariz: elas não são páreo para os prédios modernos e espelhados que seguem pipocando por aqui. Mas não se deixe intimidar pelo estilo brutalizado desse gigantesco complexo residencial e cultural que é, na verdade, um oásis no meio da London City, o centro financeiro londrino. Depois de uma volta por lá, descobre-se que morar em uma daquelas torres feinhas seria um sonho.Um dos lugares menos conhecidos e visitados, até pelos londrinos, é o Barbican Conservatory, jardim tropical coberto de vidro que só abre aos domingos. A estufa de dois andares abriga mais de 2 mil espécies de plantas, pássaros e peixes exóticos. Para os brasileiros acostumados ao clima tropical, talvez seja mais interessante checar a área com uma imensa variedade de cactos.Pontuado por fontes e espelhos d'água, o Lakeside Terrace é o lugar ideal para repor energias no centro da cidade. Em um dia ensolarado, a dica é comprar um café e um dos irresistíveis doces do Barbican Foodhall, sentar à beira do lago e apreciar a paisagem e seus contrastes: a igreja St. Giles Cripplegate, cujas origens remontam ao século 11; atrás dela, o sobe e desce dos elevadores externos da sede high tech do Lloyd's. Quem gosta de arte não pode perder a mostra Bauhaus: Art as Life, de 3 de maio a 12 de agosto. A maior exibição no Reino Unido sobre a escola de design alemã é um dos eventos especiais para celebrar o aniversário de 30 anos do Barbican. Depois de conhecer o centro de artes, caminhe pelo labirinto de passarelas e escadas do complexo, que ligam mezaninos e jardins em diversos níveis. Para não se perder, siga as placas em direção ao Museu de Londres, que fica na London Wall. Ali estão preservadas as ruínas da muralha defensiva da cidade, erguida pelos romanos entre 197 e 211 d.C., e reconstruída e reparada diversas vezes ao longo dos anos. Calcula-se que o muro original se estendia por 3.4 quilômetros, de Blackfriars, no lado oeste, à Torre de Londres, a leste.Os romanos partiram, Londinium virou Londres. E não existe melhor lugar para acompanhar a evolução da cidade, desde a pré-história, do que o Museu de Londres, bem à sua frente. * É jornalista, paulistana e vive em Londres há 10 anos

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