Oslo, um conto de fadas para conhecer sem pressa

Nota 10 no quesito hospitalidade, moradores vão ajudar você a encontrar maravilhas como o Palácio Real, o Parque Vigeland...

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Por Ana Carolina Sacoman
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Sabe aqueles lugares perfeitinhos, onde tudo dá certo? Bem-vindo à Noruega, país de cenários estonteantes, cuja capital, Oslo, parece saída - ok, é chavão, mas verdade - de um conto de fadas. O melhor a fazer é andar por suas ruas arborizadas, forradas de prédios coloridos. No caminho, além de participar do dia a dia dos moradores, você vai testar a cordialidade local. Prepare-se para ficar boquiaberto: os noruegueses são nota dez em hospitalidade. O melhor: a primavera e o verão parecem despertar uma necessidade urgente de sair às ruas em seus 550 mil moradores. Louros, bochechas rosadas e olhos claros, eles enchem as ruas e não perdem a chance de colocar uma mesinha na calçada. Não pense duas vezes, comece seu tour pela região do Aker Brygge, o cais. Ali estão as casas e os apartamentos mais caros da cidade - podem chegar a US$ 10 milhões. VIGELAND Do cais, caminhe pela região central, com lojas, restaurantes e bares. Em algum momento andando sem rumo, você vai cair no Karl Johans Gate, calçadão que dá no Palácio Real, com jardins abertos ao público. Os moradores costumam passar horas por ali, namorando e fazendo piquenique. Oslo tem 400 parques. Escolha o mais famoso, o Vigeland, para gastar algumas horas. Certamente, você já viu uma foto do lugar. É que Gustav Vigeland (1869-1943) espalhou nos gramados 192 esculturas de bronze e granito. No meio do parque, o artista levantou um obelisco de 17 metros de altura, onde mistura as feições de 121 corpos. O Vigeland ainda conta com um labirinto de 3 mil metros quadrados. Dizem que é quase impossível ir até o centro e, depois, achar a saída - logo, contente-se em apreciar a bela formação de uma distância segura. ÍCONES Experimente perguntar a qualquer morador: quem é a grande figura da Noruega? Ele responderá (com uma pequena variável) Edvard Munch (1863-1944), autor de O Grito. Alguns podem mencionar Henrik Ibsen (1828-1906), que escreveu, entre outras peças, Casa de Bonecas. Natural, então, que uma visita a Oslo inclua lugares famosos por serem os preferidos deles. Comece com Munch. Pode-se dizer que o pintor e sua mais famosa obra são ''perseguidos'' por ladrões. O Grito foi roubado pela primeira vez, em 1994, do Museu Munch. Uma versão do quadro desapareceu, no mesmo ano, da Galeria Nacional. Os obras foram recuperadas, mas O Grito voltou a sumir em 2004, junto de Madonna. A polícia levou dois anos para recuperar os quadros e o Museu Munch ganhou uma reforma estimada em 106 milhões, para transforma-se numa fortaleza. E é aí que você deve começar. O museu, erguido em 1963, abriga 1.150 quadros, 18 mil gravuras e 8 mil desenhos e, claro, O Grito. Uma curiosidade. A historiadora de arte Sue Pridaux identificou a paisagem que inspirou Munch em O Grito: trata-se de Kristiania, a Oslo atual, vista de Ekeberg, lugar que abrigava um asilo psiquiátrico, onde a irmã mais nova do pintor esteve internada. A Galeria Nacional também está no roteiro. Ali, há uma sala dedicada a Munch, de longe a mais popular. Na pinacoteca há uma das quatro versões ''extras'' que o pintor produziu de O Grito. Até cinco anos atrás, o Hotel Continental, um dos mais tradicionais e conhecidos de Oslo, tinha em seu lobby 11 Munchs originais. Com a onda de assaltos, eles foram substituídos por réplicas. MAIS CURTO Ibsen é mais econômico no roteiro. Você pode passar pelo museu em homenagem ao autor, que fica no apartamento onde ele morou de 1895 até sua morte, em 1906. O lugar, aberto em 1994, tem móveis originais do autor. Reserve meia hora para a visita. Outro lugar para render homenagem a Ibsen é o Grand Café, na Karl Johans Gate, um lugar muito glamouroso, onde ele ia todos os dias, pontualmente às 11h30, para tomar café da manhã. Galeria Nacional: Universitetsgata, 13; entrada gratuita Museu Munch: Toyengata, 53; 75 coroas (R$ 24,50) Hotel Continental: Stortingsgata, 24 Museu Ibsen: Henrik Ibsens Gate, 26; entradas a 85 coroas (R$ 27,70) Grand Café: Karl Johans Gate, 31

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