Para lapidar um idioma ou abrir portas lá fora

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Por Felipe Mortara
Atualização:

Por mais dedicado que seja o aluno, nada como uma imersão profunda em outro país para aprender ou aprimorar uma língua estrangeira. Sem contar os benefícios de conviver com várias culturas e enriquecer a vida (e o currículo) com experiências que não seriam vividas na rotina padrão. E o programa certo de intercâmbio pode estar entre as 120 instituições de ensino de 21 países presentes no Salão do Estudante, dias 28 e 29 no Hotel Tivoli Mofarrej, em São Paulo. A entrada é livre, só é necessário imprimir o convite no site salaodoestudante.com.br. As agências oferecem um vasto menu, desde férias com cursos de idiomas, colegial ou faculdade até MBA. Quem fechar um pacote no evento certamente vai conseguir algum desconto.Diante de tantas possibilidades, o que não falta são dúvidas. Consultamos Marcia Mattos, gerente de cursos do STB, e Fabiana Fernandes, gerente de produtos educacionais da CI, para esclarecer os principais dilemas de quem quer ganhar o mundo. As respostas estão ao lado.

 

 

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1 - Como escolher o destino?

Uma agência ou especialista sabe sondar o que é melhor para cada tipo de viajante. Tudo pode influenciar na decisão, desde o sotaque do país até a temperatura média. Por isso, é importante identificar precisamente o perfil do estudante e o propósito da viagem. Estados Unidos e Canadá disputam a preferência dos estudantes brasileiros, seguidos pelo Reino Unido. A terra da rainha desponta como uma tendência forte pelo fato de ficar na Europa e, com isso, abrir a possibilidade de visitar outros países durante os finais de semana. "Cidades como Liverpool e Newcastle têm atraído os estudantes pelo custo de vida menor que o de Londres, além de terem ritmo mais calmo", conta Márcia Mattos, do STB.

 

2 - Como escolher a hospedagem certa? Em casa de família o estudante pode conviver com os costumes, praticar o idioma com os anfitriões e se envolver mais intimamente com a cultura local. Em geral, ele tem o próprio quarto, com suficiente privacidade - dependendo do contrato firmado, uma ou duas refeições estão incluídas. Já na residência estudantil, estará com outros estudantes, ou seja, em contato com gente do mundo todo. Uma vantagem é que essa opção costuma ficar mais perto da escola. Hotel pode ser uma boa pedida para executivos, mas há sempre a possibilidade de alugar o próprio espaço pesquisando em sites como airbnb.com e homeaway.com.

 

3 - Vou poder trabalhar enquanto estudo? Depende do país. Na Inglaterra, por exemplo, alguns vistos permitem combinar os dois, mas não pode ser trabalho para se sustentar, apenas para desenvolver o idioma e ter uma experiência diferente, que melhore vocabulário e vivência. "Estágios não remunerados podem ser ótimos para o currículo, porém não esqueça que o objetivo maior é o aprendizado", alerta Márcia.

 

4 - Um mês é suficiente para aprender? Segundo Fabiana Fernandes, da CI, um mês equivale a um semestre de estudo aqui no Brasil. Se o estudante não fala nada de um idioma, é isso que ele ganhará. Pensando deste modo, vale muito a pena. Já cursos de extensão universitária, como MBA ou especialização em marketing ou administração, costumam durar pelo menos três meses. "Em qualquer curso, o idioma acaba sendo desenvolvido. Se não der tempo de aprender profundamente a língua pretendida, certamente garantirá uma melhora no currículo", afirma.

 

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5 - Quais costumam ser os destinos mais baratos? O preço, em geral, é proporcional à permanência e à distância em relação ao Brasil. Programas curtos, em países como Argentina ou Chile, podem ser opções de baixo custo. No entanto, a consultora do STB ressalta que hoje a viagem de intercâmbio é vista como investimento. "Quem investe em educação internacional quer resultado. A pequena diferença de valor entre agências está ligada à carga horária e ao material didático. Estamos falando com um público que busca ensino de qualidade." Alguns lugares menos caros, como a ilha de Malta, no Mediterrâneo, são boas alternativas para aprender inglês na Europa.

 

6 - Como planejar a viagem? Escolhido o destino, verifique necessidades burocráticas quanto a vacinas, seguros e passagens. Alguns destinos na Europa, por exemplo, não exigem visto para quem fica até três meses - verifique caso a caso. Certifique-se de que o passaporte tenha, no mínimo, seis meses de validade. A confirmação da hospedagem virá depois de obtido o visto. Recomenda-se levar dinheiro vivo, mas também cartões pré-pagos, como o Visa Travel Money ou o Cash Passport, que podem ser recarregados por quem ficou. As agências também vendem seguros e fornecem um manancial de informações pré e pós a viagem.  

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