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Passes turísticos: vale investir?

Por Felipe Mortara
Atualização:

Chegar numa cidade e entrar em atrações disputadas sem estresse. Utilizar ônibus e metrô sem ter de se preocupar com a tarifa ou onde comprar os bilhetes. Ganhar descontos em restaurantes, bares e lojas. Navegar suavemente num mar de vantagens sem se preocupar com ingressos, filas e outras dores de cabeça de viagem. É quase isso o que os city passes ou welcome cards prometem aos visitantes de cidades como Nova York, Londres, Berlim, Barcelona, Amsterdã e Paris. Mas até que ponto eles realmente valem a pena? Tudo depende de esmiuçar a fundo as ofertas, os preços fixos, considerar as atrações que acha indispensável visitar no local e colocar tudo na ponta do lápis. É preciso levar em conta também as vantagens oferecidas e até que ponto você vai utilizá-las - afinal, de que adianta ter 60 museus à disposição se você tem apenas três dias no destino? Aliás, não se impressione com números: alguns cartões listam dezenas de atrações pouco interessantes e passam batido por pontos-chave. Outro fator importante é checar se não é possível aproveitar condições especiais rotineiras de cada cidade. Ainda que sejam os dias mais concorridos e com as maiores filas, muitos museus oferecem um dia por semana (ou por mês) onde se paga pouco - ou nada - para entrar. Em Paris, o Museu do Louvre e o Centro Georges Pompidou liberam as catracas no primeiro domingo de cada mês. Já Londres tem a maior parte dos museus de graça diariamente. E aí cabe um alerta: o passe pode considerar até o aluguel de um audioguia como atração do pacote. A National Gallery e a Tate Modern, por exemplo, não cobram entrada, mas constam entre as 55 atrações do London Pass por conta do equipamento oferecido. Ponto positivo. Em uma viagem a grandes metrópoles, o transporte público será seu maior aliado. Por isso, o uso irrestrito de ônibus e metrô por um período determinado é a principal vantagem desses passes. Caso os cartões que combinam atrações e transporte não sejam vantajosos, pergunte sobre os que oferecem apenas transporte: quase sempre, são bom negócio.

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