Por um verão sem ciladas

Não é fácil chegar ao fim das férias sem cair em 'roubadas'

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Por Adriana Moreira
Atualização:

SÃO PAULO - Não é fácil chegar ao fim das férias sem cair em "roubadas". Neste guia bem-humorado, lembramos algumas clássicas e as que surgiram neste ano. Para ajudar você a escapar delas - ou, ao menos, dar boas risadas.

Ilustrações de Carlinhos Müller/AE

Falta muito?

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Não é preciso muito para travar o acesso do paulistano ao litoral. Se um fim de semana prolongado já causa recordes de congestionamento, imagine com estradas comprometidas pelas chuvas que castigam o Estado desde o fim de 2009. Certos transtornos, como a queda de barreira na Mogi-Bertioga (SP-98), já foram resolvidos (embora a área siga em obras por tempo indeterminado). A pista molhada exige atenção - diminua a velocidade e não faça ultrapassagens arriscadas. Caso a chuva dê uma trégua, mas o trânsito não, arme-se de paciência, água e víveres em quantidade. Ou consulte as concessionárias sobre as condições das estradas. Ecovias: 0800-19-7878, www.ecovias.com.br; DER: (011)3311-1400,

http://www.der.sp.gov.br/

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Onde mora a cilada: nos caminhos para o litoral de São Paulo.  

A bola da vez

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Ela desbancou a dengue, ultrapassou a gripe A e ganhou as manchetes. Nesta temporada, a doença mais recorrente foi a diarreia. As autoridades sanitárias não sabem muito bem a razão do surto que acometeu o Guarujá e se espalhou pelo litoral paulista - pode ser um vírus ou uma bactéria. Por isso, certas precauções nunca são demais: lavar as mãos antes de comer, tomar água mineral ou filtrada e ficar longe de alimentos pouco confiáveis (a tal empadinha, por exemplo). E esteja atento até com pratos aparentemente inofensivos. Se você não sabe muito bem como e com que água foi lavada aquela saladinha, dispense.  

 

Onde mora a cilada: litoral paulista e em todo lugar onde há alimentos manuseados sem higiene.

 

A cena poderia estar nas "pegadinhas" dos programas dominicais. Ou, numa visão dramática, em um filme de terror. O turista chega à praia. Ele quer relaxar - economizou o ano todo por aquele momento de mar e sol. Mas assim que se acomoda é cercado por uma legião de vendedores de colares, redes e toda a sorte de bugigangas, além de pagodeiros e repentistas. Abordado em todos os idiomas, ele se defende apenas com um "não, obrigado". O contato visual estimula o ambulante a insistir, reduzindo os preços. O turista compra para se ver livre. Em vão. Eles - os vendedores - sempre voltam.

Onde mora a cilada: Praias do Farol da Barra (Salvador) e de Ipanema (Rio), entre outras.

Aquele bronze

 

E lá vai ele, o turista desprovido de melanina em

busca de um bronzeado. Ciente de sua (falta de) cor, ele abusa do protetor no primeiro dia. Mas, no segundo, acha que sua pele se acostumou ao sol e não precisa mais de certas formalidades. Ele pagará caro por sua insurgência. A vermelhidão será a marca cabal do ato. Para eliminar as provas, gastará tubos e tubos de loção pós-sol, cremes para queimadura. Experimentará receitas caseiras, que garantem o alívio imediato da pele. E, ao fim, vai descascar tal qual uma cebola. Ele certamente vai jurar que foi a última vez. Até o próximo verão, é claro.

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   Onde mora a cilada: dentro de cada um de nós 

Perdeu, perdeu

Além do trânsito e da diarreia, muitos turistas estão sendo vítimas de furtos e roubos. No Guarujá, ladrões se especializaram em levar os quatro pneus de carros estacionados na orla. Em Fortaleza, quem anda pelo calçadão falando no celular corre sérios riscos de perder o aparelho. Caminhar por locais ermos, como as dunas de Cabo Frio, no Estado do Rio, pode ser arriscado. E nem pense em deixar a bolsa na areia para mergulhar ou esquecê-la longe dos olhos. Para evitar a dor de cabeça, não saia com objetos de valor à mostra. E se ainda assim você for abordado por um assaltante, o melhor é não reagir.

Onde mora a (literal) cilada: é difícil dizer. Na dúvida, esteja sempre atento.

  

 

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Sente e pague

Depois de caminhar pela areia quente em um calor senegalês, surge um oásis: a sombra de um guarda-

sol, a mesa perfeita para apoiar aquela cerveja, uma cadeira convidativa. Logo, você percebe se tratar de uma miragem. Descobre que para sentar precisa pagar R$ 50 ou consumir mais do que esse valor. É possível até que você gaste isso ou mais. Mas e se o atendimento for ruim? Ou a cerveja estiver quente? Ou você simplesmente não quiser comer na barraca e preferir petiscos como queijo coalho ou amendoim? A prefeitura de Ipojuca, onde está Porto de Galinhas, diz que desconhece o fato e que pretende conscientizar os barraqueiros de que a medida afugenta os turistas. Oxalá.

Onde mora a cilada: quiosques de Porto de Galinhas (PE) e da Praia do Gunga (AL)

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