Porto de encontro de múltiplas culturas

Arquitetura transporta o visitante a um tempo em que a região recebia mercadores de várias partes do mundo

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Por Pedro Marques e HOI AN
Atualização:

Um dos mais bem preservados exemplos de como era uma cidade vietnamita no passado, cuja arquitetura intocada reflete tradições do Vietnã antigo e influências estrangeiras que passaram por lá. Graças a estes predicados, a litorânea Hoi An, um importante porto de comércio internacional entre os séculos 16 e 18, recebeu status de Patrimônio da Humanidade pela Unesco. É quase como uma Paraty.

 

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A cidade à beira do Rio Thu Bon, que foi parada de mercadores portugueses, espanhóis, holandeses, chineses e japoneses mantém, hoje, um ritmo tranquilo - moradores e visitantes se demoram nos cafés e restaurantes. No mercado local, barcos de pescadores trazem logo pela manhã peixes e frutos do mar fresquíssimos, disputados pelas vietnamitas encarregadas de fazer as compras para a família.

 

Hoje, todo o charme se encontra na pequena Hoi An Antiga, formada por três ruas entrecortadas por alguns quarteirões. É lá que fica a primeira parada: a Ponte Japonesa Coberta, erguida no início do século 16 pelos imigrantes japoneses e que guarda um pequeno santuário budista em seu interior. De lá, é possível visitar diversos museus (folclore, cerâmica, história e cultura), casas antigas e salões de congregação, nos quais chineses expatriados se encontravam para socializar. Com um tíquete que custa cerca de US$ 5 você pode visitar cinco destas atrações.

 

Ruínas. De origens malaia e polinésia, o povo cham ocupava a costa central do Vietnã antes dos próprios vietnamitas. A 35 quilômetros de Hoi An, as ruínas de My Son oferecem o melhor panorama de como era uma cidade dessa civilização. Embora tenha sido bastante danificada durante a guerra (é possível ver crateras abertas pelos bombardeios americanos), as ruínas são extensas e contam com templos, palácios e casas.

 

Na cidade praiana de Nha Trang, as Torres de Po Nagar estão a dois quilômetros do centro e podem ser alcançadas de bicicleta ou táxi. Templo importante do povo cham, as torres foram construídas no século 8.º e se tornaram alvo de saques de reinos vizinhos, como o khmer (atual Camboja) e o javanês (atual Indonésia). Obras e artefatos religiosos foram restaurados e hoje o local tem estátuas dedicadas a deuses budistas e hindus.

 

Usada como resort por soldados americanos durante a guerra, Nha Trang tem bares à beira da praia que valem um dia de descanso. Frutos do mar são atração à parte: é possível comer vieiras por apenas US$ 1.

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