As propostas às vezes têm diferenças claras. A Milk, por exemplo, veio com um tom “chique doido, descolado”, como explicam promoters da casa, em contraste com o “chique com lustres” afrancesado de alguns concorrentes. Embora uma modelo ou outra dance descalça em cima do sofá, a tendência é que essas festas sejam menos espontâneas que aquelas com mais público. Também em Jurerê, o maior parador de praia da ilha, o P12, palco de grandes nomes tanto da eletrônica como de outros ritmos, consagrou uma atmosfera mais abertamente festeira, com menos ares de colunismo social.VEJA MAIS: Guia gastronômico: do clássico às novidades Se Jurerê concentra turistas endinheirados de muitos lugares, muitos da elite local preferem passar o verão na Praia Brava. Ali acaba de abrir o Le BarBaron, que reflete o apreço dos sócios por clubes de praia mediterrâneos em aspectos como a fachada grega e a integração entre o parador e a praia. Durante quase todo o dia o som não confronta o barulho do mar, mas sobe entre 17 e 20 horas para animar o pôr do sol. A ideia é atrair não apenas festeiros, mas também seus pais. A alta moldura do costão esquerdo da Brava é um ponto extra. A inauguração, no último dia 21, teve 1,3 mil pessoas. Também recém-aberto e com som mais de fundo é o 300 Cosmo Beach Club, em Jurerê. A culinária nikkei é o destaque. Filho de japoneses, o chef peruano Luis Yagui Yoshimoto, além de mesclar com perícia a gastronomia dos dois países, oferece primorosas execuções de ceviches. Outro ponto forte é a carta com mais de 30 drinques, com opções como o mira flores, pisco peruano, suco de lima, suco de uva rosa, soda, simple syrup e vermute.VEJA MAIS: Florianópolis tem vizinha tranquila com atmosfera ruralPERGUNTAS E RESPOSTAS1. Onde acontecem as maiores festas?No P12 (parador12.com.br) e no Music Park (veraomusicpark.com.br), um complexo com cinco espaços que abrem em conjunto ou individualmente e incluem casas como a Posh e a Pacha Floripa. Será ali, dia 24, o famoso festival eletrônico Creamfields (creamfields.com.br). Em Balneário Camboriú, a 75 quilômetros de Florianópolis, o destaque é a Green Valley, que recebe até 10 mil pessoas e em 2013 ganhou o top 100 de clubes mundiais da revista inglesa DJ Mag. Na Praia Brava da vizinha Itajaí fica o Warung, templo da música eletrônica conceitual na região, para 2 mil baladeiros.2.Onde fugir da Florianópolis eletrônica e sertaneja? Na Lagoa da Conceição, a Casa de Noca (Avenida das Rendeiras, 1176; 48-3238-5310) é um lugar de brasilidade. O público muda de acordo com a música – samba, soul, rock ou forró. Próximo dali ficam o Black Swan e o De Raiz (Estrada Geral da Joaquina, em frente às dunas; 48-9609-4734), adorado por nativos e por gringos vermelhos de sol, forte no forró às terças-feiras e no samba aos domingos. No norte da ilha, o Rancho do Neco (Rua Gilson Xavier da Costa, 2800, Sambaqui) é uma casinha de pescador com samba que só abre aos domingos, às 20 horas, e logo fica abarrotado. 3.Quais as boas festas ao ar livre?Desde 2010, o Sounds in da City (soundsindacity.org) já sonorizou espaços públicos de Florianópolis mais de 170 vezes, lembrando aos moradores que uma ilha tão turística deveria ser inundada por festivais e apresentações ao ar livre. Com o Sounds in da City você terá aquele final de tarde lendário de verão – inclusive levando sua canga ou cadeira de praia caso queira sentar para ver o pôr do sol. O evento já ocupou endereços como o Largo da Alfândega e a Praça Sesquicentenário, junto à Avenida Beira-Mar. Acompanhe a programação no site e chegue junto.